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Estado de Minas URBANISMO

Terra�os revelam o que h� de mais belo no horizonte em BH

Pr�dios tradicionais e novos espa�os da capital oferecem em suas coberturas eventos em que a vista � atra��o � parte ou a principal


30/09/2023 04:00 - atualizado 30/09/2023 07:35
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Márcia Azevedo apresenta a incrível vista do alto do antigo prédio do Bemge.
M�rcia Azevedo apresenta a incr�vel vista do alto do antigo pr�dio do Bemge. (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
Com o dia claro, boa luminosidade e o azul tomando conta da imensid�o, d� at� para enxergar ao longe os contornos da Serra do Cip�, quase encostando no c�u. Por outro �ngulo, a Serra do Curral se emenda � da Piedade, e, bem mais perto, o Parque Municipal surge como ilha verde entre pr�dios, avenidas, carros, multid�o... Admirar a paisagem traz encantos, surpresas, descobertas. Na capital, o terra�o de edif�cios – espa�o novo em alguns; em outros, reabilitado – ganha mais charme com a chegada de bares, restaurantes, espa�o para eventos culturais. Em um ponto nas alturas, h� �rea suficiente para contemplar e constatar, muitas vezes em panorama de 360 graus, ao p�r do Sol ou sob a estrelas, o nome de batismo da cidade: e que belo � esse horizonte!
 
Em v�rios lugares de BH, os terra�os, chamados de “rooftops” pelos admiradores da l�ngua inglesa, colocam a cidade aos p�s de moradores e visitantes. Um bom exemplo est� no Mira!, na Pra�a Sete, no Centro de BH, que ocupa a cobertura do Edif�cio Dona J�lia Guerra e abre as portas para eventos culturais em diferentes formatos, incluindo uma segunda unidade do Zuzunely, restaurante e caf� especializado em brunch com produtos artesanais, assinado pela chef Bruna Haddad, que fica aberta ao p�blico das 8h �s 15h.


Quem j� foi, aprovou e fez descobertas, a exemplo da analista de marketing Sue Tayne de Souza. “Gosto muito da minha cidade, mas, no caso da Pra�a Sete, a gente passa sempre correndo, n�? N�o v� direito. Ent�o, nada melhor do que enxerg�-la do alto, com tempo e em momento de lazer. Nunca tinha visto a Pra�a da Esta��o assim, do alto, a Rua Sapuca�, com sua mureta, e outros locais surpreendentes que ficam mais encantadores num fim de tarde.”
 
O reconhecimento da hist�ria ganha destaque na voz de um dos s�cios do Mira!, Francis Dias. “Por ocupar um dos pontos mais ic�nicos e democr�ticos da capital, o projeto traz consigo uma responsabilidade grande, que � a de promover valores relacionados � inclus�o e diversidade”, afirma. Ele conta que na concep��o da casa foi tomada como pilar a mem�ria do Edif�cio Dona J�lia Guerra, inaugurado na d�cada de 1980.
 
“O pr�dio ocupa o lugar deixado pela antiga livraria Rex, destru�da por um inc�ndio. No espa�o, foi constru�do este arranha-c�u de 25 andares, com arquitetura modernista, no intuito de trazer novos ares ao Centro de BH. Hoje, s�o in�meras as iniciativas culturais fervilhando pela cidade. Queremos fomentar e promov�-las, recepcionando ideias, projetos, festas, feiras ou qualquer tipo de movimento que busque a integra��o social, cultural e de lazer”, ressalta o empres�rio.
 
Moradora do Centro, a empres�ria e influencer Karla Lopes curtiu duplamente a novidade, que conheceu j� na inaugura��o da casa, na noite de 10 de fevereiro. “Acho importante a ocupa��o da �rea central de Belo Horizonte com bons empreendimentos, at� mesmo para garantir mais seguran�a, atrair a popula��o. Tenho escrit�rio no Edif�cio Acaiaca, onde tamb�m existe um espa�o para eventos, o qual pretendo conhecer em breve, mesmo se o dia estiver nublado”, conta ela, que, brinca com a facilidade de acesso: “Na sa�da do Mira!, quando todo mundo estava chamando o transporte por aplicativo, eu apenas precisava caminhar poucos metros para chegar em casa.”
 
A jornalista Poliana Rozado tamb�m aplaude a iniciativa, ressaltando que estar nas alturas, com uma vista t�o bonita, � o diferencial dos terra�os. “Com certeza, a gente v� a cidade por outro �ngulo, de forma descontra�da, numa ‘varandinha’ sobre BH.” Poliana j� esteve em outro terra�o, embora em evento diferente. “Do outro lado da Pra�a Sete, tem o P7 Criativo. Fui a uma feira, e considero interessante esse novo modo de ocupar o topo dos pr�dios”, disse.

O som do fim de tarde

Ainda no Centro de BH v�-se o rec�m-restaurado Edif�cio Acaiaca, constru��o da d�cada de 1940 que ostenta na fachada os �ndios ou ef�gies ind�genas – um de olho na Rua Esp�rito Santo, outro, na Rua dos Tamoios. L� do alto, em quase oito d�cadas, as pe�as “assistiram” ao burburinho na Avenida Afonso Pena, �s manifesta��es populares na escadaria da Igreja S�o Jos�, ao surgimento dos arranha-c�us e, acima de tudo, ao crescimento da metr�pole.

Hoje, no 25º andar do edif�cio, quem assiste ao vaiv�m da cidade com vista privilegiada s�o os visitantes, no espa�o de 650 metros quadrados onde ocorre, uma vez por m�s o “Fim de tarde no Terra�o Acaiaca”, informa a gestora Rosana Alkmim de Miranda. Ao pre�o de R$ 100, o interessado tem direito, al�m da vista deslumbrante e m�sica a cargo de um saxofonista, a uma ta�a de espumante e petiscos. O pr�ximo evento ser� em 18 de outubro. Outra experi�ncia, aos s�bados, � um brunch, das 10h �s 13h, estando o pr�ximo dispon�vel marcado para 11 de novembro.
 
“Se chover, n�o h� problema, pois 90% do nosso terra�o, que tem 650 metros quadrados, � coberto. Este pr�dio faz parte da hist�ria de BH, integra nossa cultura, e queremos que mantenha essa voca��o”, diz Rosana. Ela explica que o local est� destinado a eventos particulares, mostras culturais, ensaios fotogr�ficos e outros com, no m�ximo, 150 pessoas (informa��es sobre o evento no Instagram @terracoacaiaca).
 
N�o muito longe, no n�mero 250 da Rua Esp�rito Santo, fica o Eleven Caf�, que, como o nome em ingl�s traduz para o portugu�s, fica no d�cimo primeiro andar do Edif�cio Helena Maria. Aberto das 11h �s 15h com pratos executivos, o estabelecimento nas alturas permite tamb�m uma bela vista da cidade. A simp�tica atendente Rayssa Alves aponta na vis�o das serras e loca��es tur�sticas da capital um convite para degustar as del�cias da casa e a paisagem.

Voca��o para a juventude

Gente de todas as gera��es quer conhecer os terra�os de BH, embora haja lugares quase exclusivos para a faixa dos 18 aos 30 anos. � o perfil do Night Market, criado h� sete anos, no Bairro Estoril, na Regi�o Oeste. A casa tem programa��o regular, aberta ao p�blico, de sexta a domingo (consulte no Instagram @nightmarket.bh), e recebe eventos sociais e corporativos (@nightcorporate) em qualquer dia da semana, com a marca, claro, da vista espetacular, especialmente ao p�r do Sol. O bar foi inspirado num “rooftop bar” que um dos s�cios, Matheus Braick (o outro � Herbert Carneiro), viu em Cingapura. “Nosso objetivo � valorizar a pessoas, favorecer a intera��o entre elas”, diz Braick. n 

De olho na regulariza��o

A Prefeitura de Belo Horizonte informa que o alvar� de localiza��o e funcionamento para os estabelecimentos n�o define hor�rio das atividades, sendo o p�blico m�ximo determinado pelo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Para eventos com execu��o de m�sica, � exigido laudo que ateste a efici�ncia do tratamento ac�stico do local. No caso de casas noturnas, o empreendimento � considerado de impacto, sendo necess�rio o licenciamento urban�stico. Em alguns casos, a depender da an�lise de impacto deliberada pelo Conselho Municipal de Pol�tica Urbana (Compur), s�o determinadas a��es espec�ficas, com medidas mitigadoras.


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