
Segundo a Pol�cia Civil, a empresa anunciava nas redes sociais a venda dos ve�culos com pre�o abaixo do mercado, al�m de ter uma estrutura de telemarketing para procura de clientes. Mais de 60 boletins de ocorr�ncia foram registrados contra a empresa.
As pessoas eram enganadas e iam at� a loja para adquirir o novo ve�culo. No local, eram informados a pagar um valor como entrada, cerca de 50% do total, e aguardar uma suposta an�lise de cr�dito que levaria at� 30 dias. Quando a v�tima procurava o estabelecimento para buscar o ve�culo, n�o obtinha resposta nem o dinheiro j� pago, uma vez que o contrato de compra e venda previa o pagamento de 20% do total nos casos de rescis�o contratual.
“As v�timas eram ludibriadas a dar uma entrada com a esperan�a de receber o ve�culo em 30 dias, mas isso n�o acontecia. Eles criavam outros argumentos que impediam a pessoa de levar o bem que estavam adquirindo. O n�mero de pessoas v�timas do golpe crescia ainda mais”, explicou o delegado Jos� Thomaz de Souza, respons�vel pela investiga��o.
Grande parte das v�timas eram pessoas mais humildes e com menor poder aquisitivo e, por isso, viravam alvo do sistema de telemarketing da empresa. O propriet�rio da ag�ncia de ve�culos e o gerente foram conduzidos � Delegacia de Pol�cia Civil, enquanto os ve�culos apreendidos foram encaminhados ao p�tio credenciado.
Den�ncia e pris�o
No dia 22 de setembro, o gerente da loja j� havia sido preso ap�s uma discuss�o e den�ncia feita por uma v�tima do golpe. No dia da ocorr�ncia, a v�tima contou aos militares que fez um contrato de financiamento para adquirir um ve�culo, mas n�o conseguiu retirar o carro, mesmo ap�s ter feito o pagamento inicial combinado.
A v�tima tamb�m disse que esteve diversas vezes na loja, mas sempre era informado de que deveria continuar pagando as presta��es at� que inteirasse ao menos 50% do valor do ve�culo para conseguir fazer a retirada.
Segundo o boletim de ocorr�ncia, o gerente da loja teria amea�ado a v�tima de morte, dizendo que mataria toda sua fam�lia, caso a pol�cia fosse acionada.
No local, o suspeito teria discutido com os militares, debochando da situa��o. Ap�s uma confus�o, ele recebeu voz de pris�o pelo crime de estelionato e desacato.