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Estado de Minas

Papa chega a Berlim e diz compreender os que fogem da Igreja

Segundo as pesquisas, a maioria dos alem�es � indiferente � chegada do Papa


postado em 22/09/2011 14:47

O Papa Bento XVI iniciou nesta quinta-feira uma visita de quatro dias � Alemanha afirmando compreender as pessoas que abandonam a Igreja Cat�lica em fun��o dos esc�ndalos de abusos sexuais e pedindo aos alem�es e aos europeus que retornem �s origens de sua cultura.

"Posso compreender que diante de tais informa��es, as pessoas, principalmente as que s�o pr�ximas das v�timas, digam 'esta n�o � mais a minha Igreja'", declarou aos jornalistas a bordo do avi�o que o levou a Berlim.

Tamb�m fez refer�ncia �s manifesta��es de rep�dio que o aguardam na Alemanha, explicando n�o ter nada contra protestos que s�o organizados de maneira civilizada. "� normal em uma sociedade livre marcada por uma forte seculariza��o", afirmou o pont�fice, antes de acrescentar: "Respeito os que se manifestam".

O Papa foi recebido pela chanceler Angela Merkel em Berlim, onde realiza uma visita oficial e pastoral que inclui atividades pol�ticas e ecum�nicas, mas tamb�m deve enfrentar algumas dificuldades. A viagem inclui tr�s etapas - Berlim, Erfurt e Freiburg -, com uma agenda pesada para o pont�fice de 84 anos. Ele pronunciar� 19 discursos, incluindo o que fez nesta quinta-feira no Parlamento alem�o, o c�lebre Bundestag.

Em seu primeiro discurso no pa�s, no castelo Bellevue de Berlim, onde foi recebido pelo presidente da Rep�blica, Christian Wulff, com honras militares, o Papa afirmou que faz sua primeira visita ao pa�s natal para falar de Deus. "N�o vim aqui fundamentalmente por determinados interesses pol�ticos ou econ�micos, como fazem outros homens de Estado, e sim para ver as pessoas e falar de Deus", declarou.

O primeiro Papa alem�o em 500 anos tamb�m fez refer�ncia ao passado nazista do pa�s. "Um olhar claro sobre as p�ginas escuras do passado nos permite aprender e receber impulsos para o presente", declarou. O presidente alem�o pediu � Igreja Cat�lica que viva na realidade e de acordo com sua �poca.

"A Igreja e o Estado est�o separados em nosso pa�s, com boas raz�es. Mas a Igreja n�o � uma sociedade paralela. Vive nesta sociedade, neste mundo e nesta �poca. � por isso que ela tamb�m deve enfrentar novas quest�es", disse o cat�lico Wulff.

Na quarta-feira, Wulff afirmou que a Igreja deveria ser mais compreensiva com os divorciados. O presidente alem�o se divorciou em 2007 e voltou a casar no ano seguinte. O Vaticano n�o reconhece o div�rcio. Por outro lado, em seu discurso aos deputados alem�es, o Papa alertou contra as leis contr�rias � liberdade e a dignidade humanas, pedindo aos europeus que voltem �s origens de sua cultura.

"Em um momento hist�rico, no qual o homem adquiriu um poder at� agora inimagin�vel (...) tem a capacidade de destruir o mundo. Pode-se manipular a si mesmo. Pode, por assim dizer, fazer seres humanos e privar de sua humanidade outros seres humanos", afirmou, fazendo alus�o aparentemente � sele��o gen�tica e ao aborto terap�utico.

Segundo o Papa, os Direitos Humanos, a igualdade de todos diante da lei, a inviolabilidade da dignidade humana encontram sua origem na f� em um "Deus criador".
Fontes vaticanas n�o excluem que o Papa acabe recebendo algumas v�timas dos abusos sexuais cometidos por padres, como j� o fez em outras viagens, um gesto que sempre � apreciado.

A associa��o de v�timas de padres cat�licos ped�filos, a SNAP, fundada nos Estados Unidos, avivou o tema na semana passada, depois de apresentar uma den�ncia contra o Papa e outros tr�s hierarcas da Igreja ante o Tribunal Penal Internacional por "crimes contra a humanidade", uma a��o basicamente simb�lica, mas que poder� ofuscar a visita papal.

Al�m dos esc�ndalos de pedofilia, alguns setores cat�licos alem�es pedem reformas mais profundas dentro da Igreja, enquanto outros rejeitam a visita do pont�fice alem�o por consider�-lo muito retr�grado.


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