O Papa Bento XVI alertou nesta quinta-feira aos deputados alem�es contra as leis contr�rias � liberdade e a dignidade humanas, pedindo aos europeus que voltem �s fontes de sua cultura que s�o "Jerusal�m, Atenas e Roma". O sumo pont�fice falou pela primeira vez ante o Bundestag, num discurso sobre a liberdade, mas sem fazer alus�es aos problemas espec�ficos da sociedade, da economia e da Igreja alem�s.
Bento XVI mencionou algumas "quest�es fundamentais do direito, nas quais est� em jogo a dignidade do homem, para as quais o princ�pio da maioria n�o basta e onde cada pessoa respons�vel deve buscar os crit�rios de sua pr�pria orienta��o".
O Papa recordou que nos primeiros s�culos da Igreja "a resist�ncia a certos regulamentos jur�dicos vigentes foi justificada". "Baseados nesta convic��o, os combatentes da Resist�ncias atuaram contra o regime nazista e outros regimes totalit�rios", enfatizou.
"N�s, os alem�es (...) experimentamos como o poder se separou do direito, enfrentou o direito, como pisoteou o direito, de maneira que o Estado se converteu num instrumentos para a destrui��o do direito", acrescentou. "O Estado se transformou num bando de bandidos muito bem organizado, que pode amea�ar o mundo inteiro e empurr�-lo � beira do abismo", declarou o Papa, referindo-se � ditadura de Hitler.
Segundo o Papa, os direitos humanos, a igualdade de todos diante da lei, a inviolabilidade da dignidade humana encontram sua origem na f� em um "Deus criador". "A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusal�m, Atenas e Roma, do encontro entre a f� no Deus de Israel, na raz�o filos�fica dos gregos e o pensamento jur�dico de Roma".