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Estado de Minas

Perda de influ�ncia e sa�de geram d�vidas sobre presen�a de Ch�vez em c�pula


postado em 10/04/2012 16:50

Hugo Chávez durante uma missa realizada na semana passada na cidade de Barinas(foto: HO / PRESIDENCIA MIRAFLORES / AFP)
Hugo Ch�vez durante uma missa realizada na semana passada na cidade de Barinas (foto: HO / PRESIDENCIA MIRAFLORES / AFP)
A presen�a na C�pula das Am�ricas do presidente venezuelano, Hugo Ch�vez, que realiza um tratamento de radioterapia contra um c�ncer, ainda n�o foi confirmada a poucos dias do come�o do encontro na Col�mbia, e a influ�ncia dele na regi�o diminui, enquanto enfrenta uma complicada reelei��o em casa. Ch�vez se submete atualmente a um tratamento de radioterapia em Havana contra um c�ncer recorrente detectado em 2011. Na quarta-feira, encerrar� seu terceiro ciclo e at� agora n�o informou se viajar� a Cartagena para o encontro continental que come�a no s�bado. "Esperamos que o presidente Ch�vez possa estar presente na c�pula", declarou, em uma entrevista publicada domingo, a chanceler colombiana, Mar�a Angela Holgu�n. Protagonista inevit�vel das c�pulas regionais devido a seu discurso franco e duro, o presidente, no poder desde 1999, deu voz a um grupo de governos de esquerda que ele mesmo organizou e que serviram de contrapeso aos Estados Unidos. Apoiado em uma das maiores reservas mundiais de petr�leo, Ch�vez, de 57 anos, impulsionou assim a cria��o da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa Am�rica (ALBA) de integra��o pol�tica e coopera��o econ�mica, ou do grupo Petrocaribe, de subven��o petrol�fera. A realiza��o da VI C�pula das Am�ricas, contudo, coincide com o ressurgimento de seu c�ncer, cuja gravidade � desconhecida e com a diminui��o de sua poderosa influ�ncia regional. "As dificuldades econ�micas internas e a perda de apoio para o projeto bolivariano na pr�pria Venezuela, apesar de ainda ser importante, dificultam a proje��o externa" de Ch�vez, explica � AFP Giorgio Romano, coordenador de Rela��es Internacionais da brasileira Universidade Federal do ABC. Apesar de as pesquisas o colocarem em primeiro lugar nas elei��es presidenciais de 7 de outubro, Ch�vez enfrenta, depois de mais de 13 anos no poder, o desgaste de sua "revolu��o socialista" e uma economia afetada pela grande volatilidade, com a maior infla��o da regi�o. A oposi��o, unida em apoio a um candidato presidencial �nico, o governador do estado Miranda (norte), Henrique Capriles Radonski, se encontra em seu melhor momento desde 1999, gra�as a mais de tr�s milh�es de eleitores que votaram em suas in�ditas prim�rias de fevereiro. A influ�ncia de Ch�vez na regi�o n�o cresceu "por uma combina��o de fatores. O mais importante s�o os problemas internos", afirma � AFP Peter Hakim, presidente em�rito do Di�logo Interamericano, um 'think tank' com sede em Washignton. Este especialista tamb�m aponta motivos externos, especialmente as �ltimas mudan�as pol�ticas na Am�rica Latina, uma regi�o cada vez mais "pragm�tica e moderada" e menos inclinada a radicalismos. Ch�vez "falhou em atrair" novos membros de peso a ALBA, integrada por oito pa�ses e, por sua vez, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, � "menos entusiasta" que seu antecessor, Luiz In�cio Lula da Silva, em suas rela��es com o venezuelano, segundo Hakim. A chegada ao poder de Ollanta Humala no Peru e de Mauricio Funes em El Salvador, apesar de serem esquerdistas, tamb�m n�o permitiu a ele ampliar seu campo de influ�ncia, acrescenta a cientista pol�tica venezuelana Mar�a Teresa Romero. "Desde o come�o, ambos se distanciaram (de Ch�vez): n�o queriam que os identificassem com o mesmo projeto pol�tico radical", explica � AFP. Neste contexto, o pr�prio Ch�vez moderou seu discurso na regi�o e, por exemplo, com a chegada � Presid�ncia da Col�mbia de Juan Manuel Santos, restabeleceu as rela��es que tinha rompido com seu antecessor, �lvaro Uribe. Em rela��o ao presidente americano Barack Obama, embora tenha feito duras cr�ticas a ele, sua chegada � Casa Branca permitiu por panos quentes na tens�o que manteve com George W. Bush. "Ch�vez reduziu sua pr�pria pretens�o de responder por todo o continente. O radicalismo com que se dirigia a situa��es internas de outros pa�ses latinoamericanos diminuiu visivelmente", comenta Romano. Os analistas concordam que a incerteza que foi gerada em torno do seu c�ncer tamb�m enfraquece sua imagem. Com l�grimas nos olhos, Ch�vez pediu a Deus, na semana passada, em uma emocionante missa que desse mais tempo de vida a ele porque, para ele, ainda h� coisas a fazer, aumentando os temores sobre a gravidade de sua doen�a.


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