
O presidente da Venezuela, Hugo Ch�vez, rejeitou nesta quinta-feira as acusa��es do Paraguai contra o chanceler Nicol�s Maduro sobre o fato de que teria cometido uma grave interven��o na crise de destitui��o do presidente Fernando Lugo, e ordenou a retirada dos adidos militares venezuelanos em Assun��o.
"Nicol�s (Maduro) � acusado de estar forjando um golpe no Paraguai ou de ter se reunido com generais paraguaios. Claro que os generais estavam l� (...) e ele estava com os demais chanceleres cumprindo uma miss�o da Unasul", afirmou Ch�vez em um discurso ante a Assembleia Nacional, precisando que na quarta-feira ordenou a retirada dos adidos militares venezuelanos em Assun��o.
Na v�spera, o Paraguai anunciou a retirada de seu embaixador na Venezuela e declarou "persona non grata" o embaixador de Caracas em Assun��o, diante do que qualificou de "grave interven��o" por parte do chanceler Maduro na crise de destitui��o de Lugo.
O embaixador da Venezuela em Assun��o, Jos� Javier Arr�e de Pablo, foi declarado "persona non grata", de acordo com o previsto na Conven��o de Viena sobre Rela��es Diplom�ticas, afirmou a nota oficial.
A Justi�a do Paraguai, por sua vez, anunciou na segunda-feira o in�cio de uma investiga��o sobre a suposta intromiss�o do ministro venezuelano de Rela��es Exteriores, que teria tentado mobilizar os comandantes militares paraguaios para evitar a destitui��o de Lugo em um julgamento pol�tico no Congresso.
A presen�a de Maduro e Prado no Pal�cio de Governo junto aos comandantes militares das tr�s armas, poucos minutos antes de ser divulgado o veredicto do julgamento pol�tico contra Lugo, foi registrada por um v�deo divulgado na ter�a-feira por ordem do presidente paraguaio, Federico Franco.
Na semana passada, a ministra da Defesa do Paraguai, Maria Liz Garc�a de Arnold, acusou Nicol�s Maduro de convocar os comandantes militares a agir para defender Lugo, destitu�do em 22 de junho passado.