O suspenso presidente romeno Traian Basescu superou uma tentativa de destitui��o, apesar da grande impopularidade, o que indica que persistir� a tens�o pol�tica com a maioria de centro-esquerda, afirmaram neta segunda-feira os analistas.
O referendo de domingo na Rom�nia sobre a destitui��o de Basescu teve uma participa��o de 46,13%, ap�s a apura��o de 97% das urnas, e a consulta n�o pode ser considerada v�lida.
De acordo com a legisla��o romena, a participa��o m�nima exigida para que este referendo fosse validado pela Corte Constitucional era de 50% dos eleitores registrados.
Entre os romenos que compareceram �s urnas, no entanto, uma esmagadora maioria de 87,55% votou a favor da destitui��o de Basescu, que teve apenas 11,12% de apoio, segundo os resultados anunciados pelo Comit� Central Eleitoral.
"Do ponto de vista pol�tico, Traian Basescu j� n�o existe, foi destitu�do, foi destitu�do", declarou Ponta, evocando uma "ruptura entre Basescu e o povo".
Depois de assegurar que deseja estimular a "reconcilia��o" na sociedade romena e que compreende a revolta dos que votaram por sua destitui��o, Basescu destacou que ser� um "associado da USL, para que seus dirigentes compreendam a li��o dada pelos romenos".
A tentativa da USL para destituir Basescu provocou severas cr�ticas da Uni�o Europeia, que a definiu como "sistem�ticos atentados contra o Estado de direito".
A tens�o pol�tica entre Basescu e a maioria de centro-esquerda deve prosseguir nos pr�ximos meses, segundo os diplomatas estrangeiros entrevistados pela AFP. Principalmente porque nos pr�ximos meses o pa�s entra em campanha para as elei��es legislativas e novamente dos dois campos v�o se enfrentar.
A volta de Basescu ao pal�cio presidencial "n�o acalmar� a situa��o pol�tica, ao contr�rio, vai ati�ar ainda mais a guerra entre os dois campos", afirmou o jornal Romania Libera, segundo o qual a invalida��o do referendo "coloca os dirigentes da USL numa situa��o delicada", enquanto a desaprova��o de Basescu por mais de 80% dos que votaram afeta sua legitimidade.
O fracasso do referendo acontece �s v�speras de uma miss�o de avalia��o do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e da Uni�o Europeia, que, no ano passado, concluiu com Bucareste um acordo do tipo preventivo.
"Uma prolonga��o de esc�ndalo pol�tico vai custar ainda mais caro aos romenos", escreveu o jornal Ziarul, no momento em que o leu, a moeda local, j� chegou a seu mmenor n�vel hist�rico, perdendo 7% de seu valor em apenas algumas semanas.