Uma a��o urgente � necess�ria para garantir que a eleva��o recente dos pre�os dos alimentos n�o se transforme em uma cat�strofe, afirmaram nesta ter�a-feira a Organiza��o das Na��es Unidas para Agricultura e Alimenta��o (FAO), o Programa Alimentar Global (WFP) e o Fundo Internacional para Desenvolvimento Agr�cola (Ifad). Os pre�os do milho, da soja e do trigo subiram com for�a nos �ltimos meses, impulsionados por problemas clim�ticos em diversos pa�ses. O movimento gerou preocupa��es nos mercados, mas as ag�ncias das Na��es Unidas acreditam que problemas poderiam ter sido evitados com uma r�pida a��o coordenada internacional. As organiza��es dizem que compras em um momento de p�nico e restri��es �s exporta��es n�o resolvem a situa��o.
A FAO, o WFP e o Ifad avaliam que o mundo est� vulner�vel a choques nos pre�os dos alimentos, pois a produ��o global de gr�os � apenas o suficiente para atender � demanda por alimentos ra��o e combust�veis, que cresce rapidamente. Eles acreditam que os riscos est�o no fato de que apenas alguns pa�ses s�o grandes produtores de alimentos b�sicos e, por isso, quando eles s�o afetados, todos s�o.
As ag�ncias disseram que uma produ��o sustent�vel de alimentos precisa ser promovida nos pa�ses pobres e importadores, disponibilizando alimentos nos mercados locais e oferecendo empregos e renda. O fato de que um ter�o dos alimentos produzidos � perdido ou desperdi�ado tamb�m precisa ser analisado.
O Banco Mundial previa um ano calmo para os pre�os dos alimentos em 2012, at� que os efeitos da seca nos Estados Unidos e no Leste Europeu viessem � tona. Na semana passada, o Banco Mundial disse que os pre�os dos alimentos subiram 10% em julho, depois que a produ��o de milho e soja dos Estados Unidos foi prejudicada por uma prolongada estiagem. Condi��es similares s�o observadas na R�ssia, na Ucr�nia e no Casaquist�o, onde as safras de trigo foram reduzidas. Agora, a expectativa � de que os pre�os dos alimentos permane�am em n�veis elevados "num futuro pr�ximo", por causa das incertezas sobre a oferta.