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Estado de Minas

Obama n�o � visto por cubanos como um presidente americano 'cretino'

Primeiro andar do Museu da Revolu��o, em Havana, � dedicado a um mural de anti-her�is em que est�o v�rios presidentes dos EUA


postado em 20/03/2016 12:01 / atualizado em 20/03/2016 12:42

O presidente que terminou com mais de meio século de inimizade com Cuba é incrivelmente popular na ilha e sua imagem já é usada como ímã para o turismo(foto: YURI CORTEZ / AFP PHOTO )
O presidente que terminou com mais de meio s�culo de inimizade com Cuba � incrivelmente popular na ilha e sua imagem j� � usada como �m� para o turismo (foto: YURI CORTEZ / AFP PHOTO )
Barack Obama vai ser nos pr�ximos dias o assunto principal em cada esquina de Havana, com exce��o do "pared�o dos cretinos", o mural que Cuba reservou aos presidentes dos Estados Unidos antes de que ganhassem popularidade na ilha comunista.


Visita quase obrigat�ria dos turistas, o Museu da Revolu��o, que exalta os atos guerrilheiros protagonizados pelos irm�os Castro, exibe em seu primeiro andar um mural dos anti-her�is.


Ronald Reagan � um 'caub�i', George Bush pai um imperador romano e seu filho George W. Bush usa um capacete nasitas do qual saem orelhas de burro.


Est�o representados todos os ex-presidentes de Estados Unidos, mas, principalmente os "cretinos", que teriam ajudado a "fortalecer e consolidar a Revolu��o" "tornar irrevog�vel o socialismo", segundo as placas escritas em ingl�s, franc�s e espanhol.


Os desenhos em relevo e grande tamanho provocam risos nervosos ou coment�rios politicamente incorretos, que Cristopher, um guia cubano, tenta matizar com um esclarecimento evidente: "s�o caricaturas, � divers�o".


Popularidade Obama

Mas e Obama? N�o, ele jamais poderia estar nesse mural. O presidente que terminou com mais de meio s�culo de inimizade com Cuba � incrivelmente popular na ilha e sua imagem j� � usada como �m� para o turismo.


"Sempre me perguntam quanto ao Obama, mas de fato vemos Obama como um presidente que melhorou as rela��es e por isso n�o o vemos como um cretino", ex;lica Cristopher.


N�o h� estudos de opini�o que sustentem a popularidade de Obama na ilha, mas � dif�cil encontrar cubanos que falem abertamente mal dele como acontecia com seus antecessores... nem mesmo dentro do governo.


Sua visita de tr�s dias pode mudar por completo a imagem que v�rias gera��es de cubanos tiveram dos presidentes dos Estados Unidos, mesmo que o embargo econ�mico que castiga a popula��o ainda continue vigente.


A �ltima vez que um presidente dos Estados Unidos esteve em Cuba foi em 1928. O discreto Calvin Coolidge n�o sobreviveu ao esquecimento.


Mais populares

Bob Johnson, um m�dico americano de 59 anos, tamb�m sorriu quando viu Reagan e os Bush retradados como "cretinos". "Obama seria diferente se tivesse sido presidente nos anos 60, 70, 80, quando tudo isso estava acontecendo", comentou.

"Mas nosso pa�s mudou e ele representa as muitas mudan�as que ocorreram", acrescenta.


Johnson parece um turista: bermuda, chap�u para se proteger do sol e c�mera fotogr�fica pendurada no pesco�o, mas oficialmente n�o est� fazendo turismo.


Para viajar a Cuba, teve de usar como pretexto uma viagem tur�sca para burlar as restri��es do embargo.


"Obama � popular aqui, mas tamb�m os americanos, que s�o mais populares aqui do que em outras partes do mundo", diz ainda.


Em fun��o da aproxima��o com os Estados Unidos, o turismo cresceu em 18% em Cuba em 2015, e as visitas de americanos aumentara 77%.


Elerida Bengtsson, professora norueguesa de 26 anos, pode fazer turismo sem problemas em Cuba, e assim como seu namorado, Hakon Dalland, de 25 anos, est� feliz com Obama.


"Espero que para os cubanos Obama n�o seja um cretino. Para mim n�o �. � totalmente diferente deles (os Bush e Reagan). As coisas que ouvia do Bush n�o s�o as mesmas que ou�o do Obama", destaca.


Beisebol

A poucas quadras do Museu da Revlu��o, no point onde os habitantes se reunem diariamente para discutir beisebol, Obama tamb�m � assunto de bate-papo. Ainda mais que o presidente americano, torcedor do esporte, assistir� uma partida da equipo nacional cubana com os Tampa Bay das Grandes Ligas americanas."Vamos ouvi-lo, vamos respeit�-lo, mas ele no seu lado e n�s no nosso", ressalta Rolando Verdecia, um ex-boxeador de 89 anos.

Caridad Amador, uma farmac�loga de 62 anos, n�o fala de beisebol, mas sim do presidente dos Estados Unidos e questiona por que ele n�o se esfor�a mais para levantar o embargo.


"Para que vem aqui? Para fazer o qu�? Sinceramente, n�o estou de acordo que venha. Com o maior respeito, considero isso um absurdo", sentenciou Amador.


Ao contr�rio de outras �pocas, sua opini�o j� n�o � a da maioria dos cubanos.


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