
De olho em um novo futuro com os Estados Unidos, os cubanos se preparam para receber neste domingo o presidente norte-americano, Barack Obama. A visita, que vai at� ter�a-feira, � encarada como um s�mbolo da nova rela��o que se desenha entre os dois pa�ses. � a primeira vez que um presidente dos EUA vai a Cuba em 88 anos. A ida de Obama coroa seu ambicioso experimento diplom�tico: depois de meio s�culo de hostilidade, os dois antigos inimigos da Guerra Fria mant�m contatos regulares.
Acompanhado por sua fam�lia, Obama vai passear pelas ruas de Havana e se reunir com o presidente cubano, Ra�l Castro. Ele tamb�m vai assistir a uma partida de beisebol e se encontrar com dissidentes pol�ticos. Antes da chegada de Obama, bandeiras americanas foram levantados em partes de Havana ao lado de bandeiras cubanas, uma imagem improv�vel para aqueles que viveram atrav�s do per�odo em que os dois pa�ses foram inimigos amargos.
O chanceler cubano Bruno Rodr�guez criticou Obama antes da viagem por insinuar que a visita servir� para promover mudan�as pol�ticas na ilha. Ele denunciou que as mudan�as efetuadas por Obama na pol�tica externa n�o serviram de nada e descartou a possibilidade de que o presidente dos EUA possa influir nas ideias pol�ticas dos cubanos.
Os apoiadores de Obama e seus partid�rios no Congresso desqualificaram essa ret�rica. Sustentam que seis d�cadas de pol�ticas que tentaram isolar Cuba n�o fizeram mudan�as e que, por isso, o momento � de usar a diplomacia. Ainda assim, os advers�rios de Obama insistem que o presidente recompensando um governo que viola direitos humanos e que mant�m uma economia fechada e um sistema pol�tico com um partido hegem�nico.
Obama derrubou algumas restri��es contra Cuba por meio de decretos presidenciais, mas n�o conseguiu persuadir o Congresso a derrubar o embargo, uma das principais exig�ncias cubanas. Fonte: Associated Press.