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Estado de Minas

Michelle Obama estimula argentinas a liderar e derrubar preconceitos

Primeira dama dos Estados Unidos fez palestra para 400 jovens de ensino m�dio


postado em 23/03/2016 19:21 / atualizado em 23/03/2016 19:36

(foto: JAVIER GONZALEZ TOLEDO/AFP)
(foto: JAVIER GONZALEZ TOLEDO/AFP)
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, estimulou adolescentes argentinas, nesta quarta-feira, a derrubarem os preconceitos sexistas que as colocam em segundo plano e a usarem a educa��o como fearramenta para se jogar no mundo e conquistar seus sonhos. A palestra foi dada para cerca de 400 jovens em Buenos Aires. "A educa��o foi tudo para mim, porque, com ela, tive oportunidades que meus pais nunca tiveram", disse Michelle Obama, lembrando de sua inf�ncia modesta na periferia de Chicago.


Em um sal�o lotado de alunas de escolas de ensino m�dio p�blicas e privadas, Michelle Obama conseguiu, com seu carisma, que as adolescentes deixassem seus celulares de lado por alguns momentos e prestassem aten��o em suas palavras.


"Eu me sinto como se estivesse na minha casa, porque cresci em um bairro como este, um lugar onde as pessoas tinham de lutar para manter suas fam�lias", comparou ela, em uma das salas do Centro Metropolitano de Desenho, uma ilha de modernidade em Barracas, na esquecida zona sul da capital argentina. A primeira-dama convidou as jovens a acreditarem em sua capacidade e a cultivarem mais o intelecto do que sua apar�ncia.

A conversa � parte do programa "Let the Girls Learn" ("Deixem as meninas aprenderem") lan�ado por Washington h� um ano para promover a educa��o de "62 milh�es de crian�as que est�o fora da escola no mundo todo".


GENTE COMO A GENTE De vestido azul, salto alto e usando um tom mais intimista, Michelle contou que, em sua inf�ncia, "sonhava com ir � melhor universidade e ser advogada, ter um trabalho importante e ser l�der na comunidade". "Mas, quando comecei a escola, teve gente de fora da minha casa que n�o acreditava na minha capacidade de alcan�ar meus sonhos, professores que achavam que eu n�o era inteligente o suficiente e apoiavam os garotos, embora as meninas tivessem as melhores notas", contou.

A primeira-dama tamb�m pediu que n�o se deixem ser julgadas pela apar�ncia. "Quando cresci, encontrei homens que, na rua, me viam segundo a minha apar�ncia, como se fosse um objeto em vez de um ser humano com sentimentos", afirmou. Ela admitiu que as press�es sociais fizeram-na fraquejar, mas que decidiu "n�o ouvir as vozes que me menosprezavam, decidi ouvir minha pr�pria voz e as dos que acreditavam em mim".

Graduada em direito na prestigiosa Universidade Harvard, ela falou de si mesma como um exemplo do que a for�a de vontade pode conseguir. "Quero o mesmo para voc�s. Insisto para que tenham a melhor educa��o que puderem, seus c�rebros s�o muito importantes. N�o deixem que as subestimem", encorajou.

Michelle Obama pediu �s jovens argentinas que sejam l�deres em suas fam�lias, em sua comunidade e na sociedade. Sem cit�-la diretamente, referiu-se � Cristina Kirchner (2007/2015) como presidente mulher, "um marco que meu pa�s nunca conseguiu", admitiu. "Precisamos de mais l�deres mulheres nas empresas e que criem suas pr�prias empresas; l�deres mulheres nos laborat�rios fazendo novas descobertas que derrubem o mito de que a ci�ncia e a matem�tica s�o coisas de homem", afirmou.


No que foi sua estreia em p�blico como primeira-dama argentina, Juliana Awada apresentou Michelle Obama como algu�m que lhe deu "v�rios conselhos", que lhe serviram de "inspira��o". "Voc� n�o estuda para ser primeira-dama", desculpou-se Juliana, empres�ria do setor t�xtil e sem t�tulo universit�rio.

 

No fim da conversa, Michelle foi ovacionada pelas garotas e dedicou quase o mesmo tempo para tirar fotos e fazer "selfies" com dezenas delas. "Michelle, Michelle", gritavam as jovens, com os celulares em punho. "Ela me pareceu muito inteligente. Me emocionou o que ela nos disse e poder v�-la t�o de perto", disse Maia Bircz, de 17 anos, que deseja se graduar em direito. A menos de um quil�metro desse espa�o de modernidade, fica a Villa 21, uma das v�rias favelas de Buenos Aires.


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