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Estado de Minas

Enfraquecido pelas dela��es, Lula presta novo depoimento a S�rgio Moro

Ex-presidente voltar� a comparecer nesta quarta-feira, em Curitiba, ante o juiz S�rgio Moro, para responder a perguntas sobre suspeitas de recebimento de propinas da construtora Odebrecht


postado em 12/09/2017 10:22 / atualizado em 12/09/2017 11:59

(foto: LUCIO TAVORA/AFP)
(foto: LUCIO TAVORA/AFP)

Luiz In�cio Lula da Silva
, cada vez mais enfraquecido pelas dela��es de um de seus principais aliados, voltar� a comparecer nesta quarta-feira, em Curitiba, ante o juiz S�rgio Moro, para responder a perguntas sobre suspeitas de recebimento de propinas da construtora Odebrecht.


O ex-presidente (2003-2010), de 71 anos, j� foi condenado por Moro em julho passado a 9 anos e meio de pris�o por ser benefici�rio de um tr�plex no Guaruj� (S�o Paulo) ofertado por outra construtora, a OAS, em troca de sua influ�ncia para obter contratos na Petrobras.


O l�der hist�rico da esquerda brasiliera pode recorrer da senten�a em liberdade, mas se for confirmada em segunda inst�ncia, ser� dif�cil evitar a pris�o, impugnando uma poss�vel candidatura nas elei��es de 2018.


Lula vive um momento muito ruim. Sua recente caravana de tr�s semanas pelo nordeste, sua base eleitoral, n�o registrou concentra��es em massa que poderia faz�-lo ganhar for�a ante um cerco judicial cada vez mais estreito.


Ele enfrenta atualmente cinco acusa��es que v�o de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro at� organiza��o criminosa e tentativa de obstru��o da justi�a.


Mas o ex-l�der sindical se declara inocente e denuncia uma persegui��o que visa impedir seu retorno ao poder e acabar com seu partido, o PT.


- Dela��es explosivas -


Essa linha de defesa est� quase caindo por terra, uma vez que seu ex-ministro da Fazenda e membro da c�pula do PT, Antonio Palocci, afirmou na semana passada a Moro que a den�ncia que ser� tratada nesta quarta "procede porque os fatos relatados nela s�o verdadeiros".


Segundo ele, a Odebrecht efetivamente pagou pelo terreno do Instituto Lula em S�o Paulo e colocou � disposi��o de sua fam�lia um apartamento em S�o Bernardo do Campo.


Palocci, detido h� um ano e condenado em junho a 12 anos de pris�o, acrescentou que Lula, �s v�speras de passar o poder a sua herdeira pol�tica Dilma Rousseff, fez em 2010 um "pacto de sangue" entre o PT e a Odebrecht, o que implicava que a construtora colocaria � disposi��o do PT 300 milh�es de reais.


Tanto Lula como o Instituto que difunde seu legado negaram qualquer irregularidade.


"A hist�ria que Antonio Palocci conta � contradit�ria com outros depoimentos de testemunhas, r�us, delatores da Odebrecht e provas e que s� se compreende dentro da situa��o de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz S�rgio Moro e que busca negociar com o Minist�rio P�blico e o pr�prio juiz Moro um acordo de dela��o premiada", postou Lula no Facebook.


O PT anunciou que se mobilizar� para apoiar seu l�der hist�rico em Curitiba, mas os observadores duvidam que o n�mero chegue �s 7.000 pessoas que se reuniram por ocasi�o do primeiro interrogat�rio, em 10 de maio.


Entre tantas contrariedades, Lula teve recentemente um consolo, quando o MPF pediu que fosse absolvido na causa de obstru��o de justi�a por considerar que o delator, o ex-ministro Delc�dio do Amaral, que sustentou a den�ncia, havia mentido.


Um reconhecimento que para a defesa de Lula ilustra o que aconteceu em todos os processos abertos contra ele.


- Dijuntivas do PT -


O PT n�o consegue se reerguer. Com muitos de seus l�deres hist�ricos acusados ou presos, a ex-maior for�a da esquerda da Am�rica Latina tenta ainda curar as feridas do impeachment de Dilma em 2016.


Para 2018, apostou todas as suas fichas em Lula, o pol�tico com mais inten��es de voto e com um prest�gio ainda forte nas regi�es que se beneficiaram de seus programas sociais. Mas ele tamb�m � o candidato com maior rejei��o entre os poss�veis postulantes ao cargo.


Seu enfraquecimento deve obrigar o PT a elaborar um "plano B", mesmo que ningu�m fale disso abertamente.


"Lula dificilmente poder� ser candidato. A candidatura de Lula � muito problem�tica atualmente", afirmou o fil�sofo Ruy Fausto, professor em�rito da Universidade de S�o Paulo, autor de "Caminhos da esquerda: elementos para uma reconstru��o".


Para sobreviver a esta crise, Fausto prop�e que o PT admita que perdeu seu papel homog�nico na esquerda.


"Que o PT permita a possibilidade de incorpora��o de outros grupos na campanha e a possibilidade de ter um candidato independente", apesar de ser dif�cil ganhar em 2018, afirmou Fausto � AFP.


Mas se o PT optar por "lan�ar um candidato da m�quina, isso ser� um desastre", alerta.


Entre os candidatos mais mencionados nos corredores do partido figura o ex-prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad.


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