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Estado de Minas

Segundo caso mundial de remiss�o do v�rus da aids � registrado em paciente na Inglaterra

An�ncio de nova vit�ria da medicina ocorre dez anos depois da primeira remiss�o. Em ambos, pacientes passaram por transplante de medula �ssea


postado em 05/03/2019 10:20 / atualizado em 05/03/2019 14:08

(foto: Orange.biz)
(foto: Orange.biz)

Pela segunda vez no mundo, um paciente viu diminuir sua carga de v�rus HIV-1, causador da aids, e � prov�vel que tenha sido curado, anunciaram, nesta ter�a-feira (5), os pesquisadores.


Dez anos ap�s o primeiro caso confirmado de uma pessoa infectada que se livrou da doen�a, um homem conhecido apenas como "o paciente de Londres" n�o mostrou sinais do v�rus por quase 19 meses ap�s passar por um transplante de medula �ssea e tratamento, informaram os pesquisadores na revista Nature.


Ambos os pacientes foram submetidos a um transplante de medula �ssea para tratamento de c�nceres no sangue, recebendo c�lulas-tronco de doadores com uma muta��o gen�tica incomum que impede que o HIV se entrincheire.


"Ao alcan�ar a remiss�o em um segundo paciente usando um m�todo semelhante, mostramos que o 'paciente de Berlim' n�o era uma anomalia", declarou o autor do estudo, Ravindra Gupta, professor na Universidade de Cambridge, mencionando a primeira pessoa curada.


Milh�es de pessoas infectadas com o HIV em todo o mundo mant�m a doen�a sob controle com a chamada terapia antirretroviral (ARV), mas o tratamento n�o elimina o v�rus dos pacientes.


"Neste momento, a �nica maneira de tratar o HIV � com drogas que retardam o v�rus, que as pessoas devem tomar durante toda a vida", disse Gupta.


"Isso representa um desafio particular nos pa�ses em desenvolvimento", onde milh�es ainda n�o recebem tratamento adequado, acrescentou.


Quase 37 milh�es de pessoas vivem com o HIV em todo o mundo, mas apenas 59% recebem ARV.


Quase um milh�o de pessoas morrem todos os anos por causas relacionadas ao HIV, al�m da crescente preocupa��o com uma nova forma de v�rus resistente aos medicamentos.


Gupta e sua equipe enfatizaram que o transplante de medula �ssea, um procedimento perigoso e doloroso, n�o � uma op��o vi�vel para o tratamento do HIV.


Mas um segundo caso de remiss�o e poss�vel cura ap�s um transplante desse tipo ajudar� os cientistas a reduzir a gama de estrat�gias de tratamento, disseram.


- 'Cura fact�vel' -


Tanto o paciente de Londres quanto o de Berlim receberam transplantes de c�lulas-tronco de doadores portadores de uma muta��o gen�tica que impede a express�o de um receptor do HIV conhecido como CCR5.


"Encontrar uma maneira de eliminar completamente o v�rus � uma prioridade global urgente, mas � particularmente dif�cil porque o v�rus se integra aos gl�bulos brancos", explicou Gupta.


O estudo descreve um paciente an�nimo do sexo masculino da Gr�-Bretanha que foi diagnosticado em 2003 e que est� em tratamento antirretroviral desde 2012.


Naquele mesmo ano, ele foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin avan�ado, um c�ncer mortal. Ele passou em 2016 por um transplante de c�lulas-tronco hematopoi�ticas de um doador com duas c�pias de uma variante do gene CCR5, portada por aproximadamente 1% da popula��o mundial.


O CCR5 � o receptor mais usado pelo HIV-1.


As pessoas que t�m duas c�pias mutadas do CCR5 s�o resistentes � maioria das cepas do v�rus HIV-1, o que frustra as tentativas do v�rus de entrar nas c�lulas.


Assim como o c�ncer, a quimioterapia pode ser eficaz contra o HIV, porque mata as c�lulas que est�o se dividindo.


Mas a substitui��o de c�lulas imunit�rias por aquelas que n�o possuem o receptor CCR5 parece ser a chave para evitar que o HIV se recupere ap�s o tratamento.


Ap�s o transplante de medula �ssea, "o paciente de Londres" permaneceu em tratamento ARV por 16 meses, quando foi descontinuado.


Desde ent�o, testes regulares n�o detectaram carga viral no paciente.


"O paciente de Berlim", que mais tarde foi identificado como Timothy Brown, tratado para leucemia, recebeu dois transplantes e foi submetido a irradia��o total do corpo, enquanto o paciente brit�nico recebeu um transplante e apenas a quimioterapia menos intensiva.


"N�o queria ser a �nica pessoa no mundo que foi curado de HIV", escreveu Brown em uma revista m�dica em 2015. "Quero dedicar minha vida para apoiar a pesquisa e encontrar uma cura para o HIV".


A equipe de pesquisa apresentar� os resultados em uma confer�ncia em Seattle (noroeste dos Estados Unidos).


"O segundo caso refor�a a ideia de que � poss�vel encontrar uma cura", disse � AFP Sharon R Lewin, diretora do Instituto Doherty Peter para Infec��es e Imunidade da Universidade de Melbourne.


"Um transplante de medula �ssea como uma cura n�o � vi�vel. Mas podemos tentar determinar qual parte do transplante fez a diferen�a e permitiu que esse homem parasse de tomar seus medicamentos antivirais".


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