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Estado de Minas INTERNACIONAL

Wuhan, epicentro do coronav�rus, � isolada para conter dissemina��o

Nos �ltimos dias os habitantes da cidade come�aram a usar m�scaras de prote��o


postado em 22/01/2020 15:31 / atualizado em 22/01/2020 17:19

Habitantes de Wuhan começaram a usar máscaras de proteção(foto: ANTHONY WALLACE)
Habitantes de Wuhan come�aram a usar m�scaras de prote��o (foto: ANTHONY WALLACE)
Uma cidade interditada e temerosa. A metr�pole de Wuhan, situada na China central com 11 milh�es de habitantes, � considerada o local de origem do novo coronav�rus - que j� provocou 17 mortes no pa�s - e se isola do mundo com objetivo de conter uma epidemia.


"Os transportes p�blicos, como �nibus, metr�, balsa e demais ve�culos de longa dist�ncia em Wuhan estar�o temporariamente fechados desde as 10h de quinta-feira. Todos os v�os e trens que partem da cidade ser�o temporariamente cancelados para reduzir o risco de propaga��o do novo v�rus", afirmou o governo local.

A grande maioria dos 440 casos de contamina��o deste novo v�rus, que pertence a mesma fam�lia da SARS, foram registrados nessa cidade constru�da �s margens do rio Yangts�.


A epidemia foi detectada pela primeira vez no �ltimo m�s, em um mercado de frutos do mar localizado na cidade. Desde ent�o, nove pessoas morreram e os cientistas temem uma poss�vel muta��o e propaga��o desenfreada do v�rus.


Ap�s terem ignorado a doen�a por semanas, nos �ltimos dias os habitantes de Wuhan come�aram a usar m�scaras de prote��o, como contaram por telefone v�rios moradores do local � AFP.


"O medo realmente aumentou desde a �ltima segunda-feira (21), quando informaram que o cont�gio acontece de forma direta entre pessoas", relata Melissa Santos, uma estudante dominicana que vive em Wuhan h� pouco mais de dois anos.


Em um primeiro momento, as autoridades afirmaram que o v�rus parecia ser transmitido apenas de animais para o ser humano, e que n�o havia contamina��o entre humanos.


Charly Bonnassie, um estudante franc�s que embarcou em um trem vindo de Wuhan, contou que "100% dos passageiros e dos funcion�rios" usavam m�scaras.


"N�o h� mais m�scaras dispon�veis nas farm�cias, todas sumiram", disse Vincent Lemari�, um professor de franc�s que leciona na Universidade de Hubei, a prov�ncia de Wuhan.


- Raposas, crocodilos e lobos -


As autoridades se preocupam pelo risco de contamina��o a poucos dias de um grande feriado local, quando milh�es de chineses viajar�o.


"Caso n�o seja necess�rio, aconselhamos que n�o venham a Wuhan", informou o prefeito da cidade, Zu Xianwang, em comunicado veiculado na televis�o.


Em uma coletiva de imprensa em Pequim, o vice-ministro da Comiss�o Nacional de Sa�de da China, Li Bin, sugeriu que os moradores n�o sa�ssem da cidade.


Detectores de febre foram instalados nas esta��es de embarque e no aeroporto. Nas estradas, a temperatura corporal � medida pelos postos de controle, e para sair da cidade o transporte n�o pode ser feito de carro.


A pol�cia tamb�m controla a presen�a de animais selvagens e aves nos ve�culos que entram e saem da cidade.


No mercado onde surgiu a epidemia eram vendidos animais selvagens, comentou nesta quarta-feira (22) o diretor do Centro Nacional de Controle e Preven��o de Doen�as, Gao Fu. Ele n�o informou, no entanto, se esses animais seriam a origem da infec��o.


O local de com�rcio, principalmente voltado para a pesca, mant�m uma sele��o variada de mercadorias, como lobos e civetas, segundo informa��es divulgadas pela m�dia chinesa.


Circula nas redes sociais chinesas uma lista de pre�os contendo v�rios animais e produtos variados, como: raposas, crocodilos, lobos, salamandras gigantes, cobras, ratos, pav�es e porco-espinho, podendo chegar a 112 tipos de animais.


"Rec�m-cortados, congelados e entregues em sua casa", podia-se ler no cartaz.


- Sem festividades -


Para evitar qualquer concentra��o de pessoas, as autoridades anularam as comemora��es previstas para o feriado, no qual � comemorado o Ano Novo chin�s, marcado para o pr�ximo 25 de janeiro.


O famoso templo budista Guiyuan, que no �ltimo ano reuniu um p�blico de 700 mil pessoas para a ocasi�o, teve que cancelar ao evento.


Cerca de 30 mil pessoas j� tinham reservado os seus ingressos e outros 200 mil foram distribu�dos de forma gratuita.


As autoridades tamb�m proibiram qualquer espet�culo e fecharam o museu.


O prefeito, criticado por ter organizado no �ltimo final de semana um banquete no qual recebeu 40 mil fam�lias, teve que explicar que desconhecia o tamanho da epidemia.


"As pessoas est�o um pouco preocupada", diz Melissa Santos.


"Um amigo que tinha me convidado para passar o Ano Novo com ele em outra cidade da prov�ncia de Hubei preferiu cancelar a festa", explica.


"Ele tem medo de se contaminar. Particularmente, eu tamb�m prefiro cancelar minha viagem para evitar encontrar com pessoas infectadas no trem", acrescenta.


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