O que aprendemos com elas: o caminho de pa�ses liderados por mulheres contra a COVID-19

Alguns pa�ses t�m sido mais bem-sucedidos na conten��o da COVID-19. Alemanha, Taiwan, Dinamarca e Nova Zel�ndia s�o citados por especialistas como exemplos de combate eficiente ao novo coronav�rus. Em comum eles t�m posturas firmes de isolamento e combate direto � dissemina��o da doen�a tomadas por suas governantes. S�o mulheres que demonstram destreza para lidar com a maior pandemia do s�culo.

A primeira-ministra alem�, Angela Merkel descreveu a COVID-19 como o “maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial”. Testes em massa, investimentos em ci�ncia, um sistema de sa�de forte e regras r�gidas de isolamento social garantiram ao pa�s uma das taxas mais baixas de mortalidade da Europa. Com 83 milh�es de habitantes, a Alemanha tem menos de 5 mil mortes em decorr�ncia do coronav�rus. 

Angela Merkel, doutora em qu�mica qu�ntica, tem feito entrevistas nas quais explica de forma direta e precisa os motivos cient�ficos que baseiam as medidas de isolamento adotadas no pa�s. A Alemanha criou um pacote de restri��es chamado kontaktverbot (proibi��o de contato, em tradu��o livre). Segundo a chanceler, a ideia era achatar a curva de novas infec��es para que o sistema de sa�de n�o ficasse sobrecarregado. Viagens est�o proibidas e foram fechados com�rcios, escolas e academias.

Na Oceania, a primeira-ministra da Nova Zel�ndia, Jacinda Ardern, imp�s restri��es duras logo no in�cio da pandemia, quando o pa�s tinha poucas dezenas de casos confirmados. Houve o fechamento das fronteiras, de escolas e at� de cal�ad�es � beira-mar, al�m da determina��o de quarentena a todos que chegassem ao pa�s. Testes em massa tamb�m foram adotados.

Jacinda classificou o plano como “a restri��o mais dura � movimenta��o na hist�ria moderna da Nova Zel�ndia”. As medidas t�m surtido efeito: o pa�s tem pouco mais de 1,4 mil casos confirmados da doen�a e apenas 19 mortos at� esta segunda-feira (27/04), quando a premi� anunciou que n�o h� mais transmiss�o comunit�ria do v�rus. Segundo ela, a Nova Zel�ndia “venceu a batalha” contra a COVID-19, mas pediu que os neozelandeses permanecem tomando todos os cuidados necess�rios. 

Quem tamb�m agiu cedo e r�pido contra o coronav�rus foi a premi� da Dinamarca, Mette Frederiksen, que bloqueou as fronteiras em 13/3 e nos dias seguintes decretou o fechamento de jardins de inf�ncia, escolas e universidades. Est� proibida tamb�m a aglomera��o de mais de 10 pessoas. O pa�s escandinavo de menos de 6 milh�es de habitantes tem pouco mais de 8,8 mil casos de COVID-19 e 434 �bitos. A primeira-ministra tem �ndices de aprova��o de mais de 80% e iniciou a diminuir as medidas restritivas. 

A ilha caribenha de Saint Maarten, com cerca de 40 mil habitantes, tem 75 pessoas infectadas pela COVID-19 e 13 mortos. Em pronunciamento, a primeira-ministra Silveria Jacobs foi direta ao ponto: “Simplesmente pare de se movimentar. Se voc� n�o tem o p�o que gosta em sua casa, coma biscoitos. Coma cereais. Coma aveia. Coma sardinha”, declarou. 

A ilha asi�tica de Taiwan, localizada a poucos quil�metros da China, houve a implementa��o de medidas de higiene p�blica em massa. A presidente Tsai Ing-wen ativou o centro de epidemias rapidamente, introduzindo medidas de quarentena e de restri��es a viagens. Al�m disso, houve a desinfec��o de �reas p�blicas e de edif�cios comerciais. O pa�s registrou apenas seis mortes por COVID-19 e agora est� enviando milh�es de m�scaras para as partes mais atingidas dos Estados Unidos e da Europa.