A Argentina anunciou na segunda-feira, 27, novas medidas de combate ao novo coronav�rus. Entre os principais pontos estabelecidos pelo governo est� a proibi��o de vendas de passagens a�reas at� setembro, o que aumenta a press�o sobre as companhias que atuam no pa�s.
Regras para o isolamento social preventivo e obrigat�rio est�o em vigor desde 20 de mar�o no pa�s. Os voos dom�sticos e internacionais j� estavam suspensos, mas o acr�scimo de 4 meses na proibi��o gerou preocupa��o em um dos setores mais afetados pela crise em todo o mundo.
"Muitas empresas do setor n�o v�o sobreviver se esta resolu��o for implantada como est� previsto", indicou um comunicado conjunto assinado pela Associa��o Latinoamericana e do Caribe de Transportes A�reos (Alta), pela Associa��o de Transporte A�reo Internacional (IATA) e pelo Conselho Internacional de Aeroportos.
De acordo com as proje��es mais recentes da ind�stria a�rea, a crise decorrente da pandemia vai fazer com que as companhias deixem de faturar 18 bilh�es de d�lares apenas na regi�o da Am�rica Latina e do Caribe. O setor de viagens e turismo representa 10% do PIB da Argentina e � respons�vel por 9,4% dos empregos formais do pa�s.
Flexibiliza��o da quarentena
Apesar da expans�o do prazo de proibi��o para voos comerciais no pa�s, o governo argentino fez algumas concess�es para reabertura na segunda-feira. Uma das medidas mais controversas foi a previs�o de que os cidad�os estariam autorizados a sair de casa por uma hora para fins de recrea��o. A sa�da deveria, contudo, ocorrer em um raio de at� 500 metros da resid�ncia.
Os governos locais dos principais distritos argentinos, como Buenos Aires, Santa F� e C�rdoba vetaram a ado��o das medidas em seus territ�rios, afirmando que, em cidades densamente povoadas, poderiam trazer consequ�ncias graves.
A Argentina � o 6� pa�s com mais v�timas do novo coronav�rus, com 178 mortes e 4.003 casos confirmados, segundo a universidade americana Johns Hopkins. No continente, est�o a frente dela Brasil, Peru, Equador, Col�mbia e Chile.
Consequ�ncias econ�micas
As consequ�ncias econ�micas da pandemia para a Argentina desenham-se devastadoras. A ag�ncia de qualifica��o de riscos Moody�s divulgou um relat�rio na segunda, no qual afirma que a epidemia vai aumentar ainda mais a press�o sob o sistema banc�rio do pa�s.
"A perspectiva negativa tamb�m considera press�es que podem surgir sobre uma reestrutura��o da d�vida externa, potencialmente desordenada, o que prejudicaria ainda mais as condi��es financeiras dos bancos", aponta o relat�rio. Desde setembro de 2019, a consultora classifica a perspectiva para o sistema banc�rio argentino como negativa.
Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta ter�a-feira, 28, que existe um "grande surto" de coronav�rus no Brasil e sugeriu que pode haver restri��es de voos com a Am�rica Latina, o que consequentemente incluiria o Pa�s. As declara��es foram dadas a rep�rteres durante encontro com o governador da Fl�rida, Ron DeSantis, na Casa Branca.
Trump disse que seu governo tem monitorado o quadro dos cont�gios em outros pa�ses. Ele citou a situa��o na Am�rica do Sul e sugeriu que pode haver restri��es para voos dessa regi�o. O presidente americano lembrou que recebeu cr�ticas por ter restringido voos com a China, mas argumentou que a decis�o se mostrou posteriormente correta, para conter a dissemina��o do coronav�rus.
(com ag�ncias internacionais)
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