
"Nos �ltimos meses, a atividade aumentou em muitos setores e se adaptou �s restri��es derivadas da pandemia. Finalmente, a administra��o de vacinas est� ganhando ritmo, embora continue desigual, e � prov�vel que o est�mulo fiscal dos governos - principalmente dos Estados Unidos - deve dar um importante impulso � economia", explica a Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�micos em um comunicado.
Por si s�, o plano de 1,9 trilh�o de d�lares do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para reativar a maior economia do mundo contribui em um ponto percentual a esta revis�o de 1,4 ponto do crescimento mundial, disse � AFP Laurence Boone, economista chefe da organiza��o de 37 pa�ses desenvolvidos.
Gra�as a esta inje��o em massa de liquidez, Estados Unidos, que representa 20% de todas as mortes registradas na pandemia, deve registrar o dobro na taxa de crescimento do PIB em compara��o com a previs�o de dezembro, com 6,5%.
Isto n�o representar� um risco inflacion�rio importante, de acordo com Boone. "Se olharmos a situa��o do mercado de trabalho e as capacidades que n�o s�o utilizadas, h� muita margem na economia antes que a demanda se recupere plenamente", disse.
Acelerar a vacina��o
Os atrasos na vacina��o podem prejudicar a recupera��o, em particular na Europa.
"A velocidade � crucial", afirmou o secret�rio-geral da OCDE, Angel Gurr�a, citado no comunicado. "As vacinas devem ser administradas mais r�pido e a n�vel mundial. Isto vai exigir uma coordena��o e uma coopera��o melhores que as observadas at� o momento, mas a humanidade n�o pode se permitir suspender este teste", completou.
De fato, o aumento da previs�o de crescimento � mais modesto para a zona do euro, onde o programa de vacina��o � mais lento: o PIB da regi�o deve ter alta de 3,9% este ano, enquanto no Reino Unido, onde as escolas reabriram as portas na segunda-feira, a proje��o � de avan�o de 5,1%.
Para a Fran�a, a OCDE espera um avan�o de 5,9%, praticamente sem altera��es em rela��o � previs�o anterior. A Espanha deve crescer 5,7%, a It�lia 4,1% e a Alemanha 3%.
"Se n�o vacinarmos um n�mero suficiente de pessoas com rapidez suficiente para suspender as restri��es, a recupera��o ser� mais lenta e prejudicaremos os benef�cios do est�mulo fiscal", disse Boone, que foi assessora econ�mica do ex-presidente franc�s Francois Hollande.
A China, motor do crescimento mundial, que registrou uma disparada de 60% das exporta��es em janeiro-fevereiro em ritmo anual, deve registrar crescimento de 7,8%.
Mas o pa�s com a maior previs�o de recupera��o � a �ndia: ap�s uma queda de 7,4% em 2020, o PIB do pa�s deve crescer 12,6% este ano.
Mas existem riscos para o crescimento, aponta a OCDE: um ritmo de vacina��o muito lento ou "o surgimento de novas variantes resistentes �s vacinas existentes".
"Quanto mais r�pido os pa�ses vacinarem, mais cedo poder�o reabrir suas economias (...) Nossa principal mensagem �, portanto, acelerar o ritmo de vacina��o para reabrir a economia", disse Boone.
Mais de 304,8 milh�es de doses de vacinas contra a COVID-19 foram administradas em todo o mundo, um n�mero que esconde grandes disparidades: Israel imunizou quase 60% de sua popula��o, Estados Unidos quase 20%, a Fran�a cerca de 5% e o Brasil 3%, segundo os n�meros da OCDE.