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Estado de Minas ESTADO DE ALERTA

Europa: chuvas amea�am diques; mortes na Alemanha chegam a 126

Destrui��o provocada por temporal afeta ainda pa�ses como B�lgica e Su��a; autoridades alertam para desaparecidos


17/07/2021 07:00 - atualizado 17/07/2021 10:04

Temporal que atinge Europa deixou muitos rastros na Alemanha(foto: CHRISTOF STACHE / AFP)
Temporal que atinge Europa deixou muitos rastros na Alemanha (foto: CHRISTOF STACHE / AFP)
Milhares de pessoas fugiram ontem de suas casas no sul da Holanda em meio � amea�a de rompimento de um dique por causa da chuva torrencial que afeta a Europa Ocidental nos �ltimos dias e provocou inunda��es na Alemanha, onde h� 126 mortos, B�lgica, Su��a e em Luxemburgo.

Soldados trabalharam freneticamente para refor�ar o dique que protege a localidade holandesa de Meerssen das �guas do Rio Meuse. Apesar do �rg�o de seguran�a regional anunciar que a amea�a estava contida, a ordem de retirada permaneceu em vigor para 10.700 moradores em raz�o da eleva��o do rio. "� assustador. Eu nunca vi a �gua subir tanto", disse Ton Linssen, de 69 anos, morador de Wessen.

Grande parte do territ�rio holand�s est� abaixo do n�vel do mar, protegido por um sistema complexo de diques antigos e barreiras de cimento modernas que ret�m a �gua do mar e dos rios. Em Valkenburg, perto da fronteira belga e alem�, as inunda��es engolfaram o centro da cidade, danificando muitas casas e outras propriedades e destruindo pelo menos uma ponte.

Os n�veis das �guas no Mosa e no Rur atingiram n�veis recordes na quinta-feira, superando aqueles que levaram a grandes enchentes em 1993 e 1995, disseram as autoridades locais. N�o houve relatos de v�timas.

Na Alemanha e na B�lgica, � medida que as devastadoras inunda��es come�aram a diminuir ontem, a extens�o da destrui��o foi lentamente revelada: enormes po�as de �gua barrenta onde antes havia casas, carros destru�dos ou soterrados por montes de terra e escombros por todas as partes nas ruas que em muitas cidades pareciam rios na quinta-feira.

Foram registrados 20 mortos na B�lgica e 106 na Alemanha. E as autoridades advertiram que h� muitos desaparecidos e o n�mero de mortos deve aumentar � medida que a terra e os destro�os forem sendo removidos.

Entenda


A tempestade foi provocada por um grande sistema de baixa press�o que se estendeu da Alemanha � Fran�a - trouxe um dil�vio na quinta-feira que rapidamente fez com que rios transbordassem. As autoridades temem um saldo de v�timas muito maior por causa das dezenas de desaparecidos, tanto na Ren�nia-Palatinado como na vizinha Ren�nia do Norte-Vestf�lia, as duas regi�es mais afetadas pelas piores enchentes na Alemanha desde 1962, quando a subida do n�vel do Mar do Norte inundou as regi�es costeiras e deixou 315 mortos.

"Estimamos que pode haver 40, 50, ou 60 desaparecidos. Quando h� pessoas que n�o d�o sinais de vida por muito tempo, teme-se pelo pior", disse o ministro do Interior de Ren�nia-Palatinado, Roger Lewentz, � emissora de televis�o SWR. Inicialmente, reportou-se 1,3 mil desaparecidos. Pelo Twitter, funcion�rios alem�es disseram que v�rias pessoas desapareceram ap�s um deslizamento de terra em Erftstadt-Blessem perto de Col�nia. Segundo eles, as casas ru�ram ou foram arrastadas e o resgate ser� um desafio.

As autoridades comemoraram o fato de as chuvas terem parado e o fluxo dos rios come�ado a diminuir. Mais de mil opera��es de resgate estavam em andamento ontem nas �reas mais afetadas. Em alguns lugares, os helic�pteros eram o �nico meio para retirar as pessoas que haviam ficado ilhadas nos tetos ou andares superiores de suas casas.

"Vivemos aqui por mais de 20 anos e nunca vimos algo assim", disse � AFP Hans-Dieter Vrancken, um morador de 65 anos de Schuld, uma cidade do Estado de Ren�nia-Palatinado que foi muito afetada pelo temporal. As redondezas desta cidade, localizada no Distrito de Arhweiler, mostravam uma imagem de desola��o. "� como a guerra", dizia Vrancken.

As ruas de Ahrwiler pareciam terem sido varridas por um tsunami. "Em poucos minutos, a casa foi inundada", disse Cornelia Schl�sser, uma padeira que perdeu sua loja centen�ria em Schuld. "O forno estragou", afirmou a mulher de cabelos grisalhos, ap�s retornar ontem ao local do desastre. A vitrine, que exibia p�es, doces e bolos apenas dois dias atr�s, foi destru�da: pilhas de sucata, vidro, madeira e cimento se amontoaram ao redor da fachada.

Como ela, v�rios moradores desta cidade de cerca de 700 habitantes caminhavam entre as ru�nas do que foi um popular ponto de excurs�o, perto de Bonn, no verde Vale do Ahr. No entanto, Schuld n�o contabilizou nenhum morto at� agora, um milagre, como comentam seus moradores: a �gua do rio, que costuma passar de um metro de altura quando h� enchentes, chegou a 8 metros.

Na vizinha B�lgica, foram registradas 20 mortes e 20 desaparecidos. Centenas de pessoas continuam ilhadas em suas cassas e 21 mil est�o sem energia el�trica. O Ex�rcito foi enviado a quatro das dez prov�ncias do pa�s para participar das opera��es de resgate. "Essas s�o as inunda��es mais catastr�ficas que nosso pa�s j� vivenciou", disse o premi� belga, Alexander De Croo. As regi�es do Estado da Val�nia, em especial as prov�ncias de Li�ge e Limburgo, foram as mais afetadas.

Efeitos


Ativistas ambientais e os pol�ticos rapidamente tra�aram paralelos entre as enchentes e os efeitos das mudan�as clim�ticas. Em meio �s cenas de destrui��o na Alemanha, a mudan�a clim�tica virou o principal t�pico de debate em meio � campanha para as elei��es legislativas de 26 de setembro - que decidem o sucessor de Angela Merkel como chanceler.

Armin Laschet, o l�der do Estado da Ren�nia do Norte-Vestf�lia, disse em uma entrevista coletiva ontem: "Precisamos tornar o Estado mais � prova de clima (...) Temos de tornar a Alemanha neutra para o clima ainda mais r�pido", disse Laschet, apontado pelas pesquisas de inten��o de voto como favorito para as elei��es nacionais. (Com ag�ncias internacionais)

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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