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Estado de Minas KIEV

Ucr�nia rejeita corredores humanit�rios propostos pela R�ssia e se prepara para novos ataques

Metade dos corredores segue em dire��o � R�ssia e Belarus; "n�o � uma op��o aceit�vel", disse vice-primeira-ministra ucraniana


07/03/2022 08:36 - atualizado 07/03/2022 08:59

Refugiados ucranianos
Refugiados ucranianos (foto: Louisa GOULIAMAKI / AFP)

A Ucr�nia rejeitou, nesta segunda-feira (7/3), a cria��o de corredores humanit�rios para R�ssia e Belarus propostos por Moscou e se prepara para novas ofensivas em v�rias regi�es do pa�s, incluindo Kiev, ap�s uma noite de bombardeios.

A ofensiva russa, iniciada em 24 de fevereiro, provocou a fuga de mais de 1,5 milh�o de pessoas da Ucr�nia e um n�mero ainda maior de habitantes est�o deslocados dentro do pa�s ou bloqueados em cidades bombardeadas pela R�ssia.

O agravamento do conflito tamb�m provoca turbul�ncias financeiras e o aumento vertiginoso dos pre�os do petr�leo e do ouro.

O Ex�rcito russo anunciou esta manh� a suspens�o tempor�ria dos ataques em algumas regi�es "com fins humanit�rios" e a abertura de corredores humanit�rios para retirar os civis de Kiev, Kharkiv, do porto cercado de Mariupol e da localidade de Sumy, perto da fronteira com a R�ssia.

Metade dos corredores, por�m, segue em dire��o � R�ssia e Belarus e o governo ucraniano rejeitou a proposta.

"N�o � uma op��o aceit�vel", disse a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereschuk. Ela afirmou que os civis retirados das cidades de Kharkiv, Kiev, Mariupol e Sumy "n�o ir�o para Belarus, para em seguida embarcar em um avi�o e seguir para R�ssia".

- "Kiev resistir�!" -


"O inimigo continua a opera��o contra a Ucr�nia, concentrado em cercar Kiev, Kharkiv, Chernihiv, Sumy e Mykolayiv", afirmou algumas horas antes o Estado-Maior das For�as Armadas ucranianas em um comunicado.

As for�as russas "come�aram a acumular recursos para atacar Kiev", acrescenta a nota.

"Os ocupantes russos tentam concentrar suas for�as para uma nova s�rie de ataques", afirmou o ministro ucraniano da Defesa, Oleksiy Reznikov, no Facebook.

Na capital, os soldados ucranianos se preparavam para um poss�vel ataque russo. Os militares colocaram explosivos no que afirmam ser a �ltima ponte intacta no caminho das for�as russas.

"A capital se prepara para se defender", disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, no aplicativo Telegram. "Kiev resistir�! Vai se defender!", acrescentou.

No domingo, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, advertiu que a R�ssia se preparava para bombardear Odessa, um porto estrat�gico no Mar Negro.

Em Lugansk, leste da Ucr�nia e sob controle dos separatistas pr�-R�ssia, uma forte explos�o provocou um inc�ndio nesta segunda-feira em um dep�sito de petr�leo, segundo a ag�ncia russa de not�cias Interfax.

- "Corpos por todos os lados" -

Um ataque, no domingo, com m�sseis contra o aeroporto de Vinnytsia, 200 km ao sudoeste de Kiev, matou cinco civis e quatro militares, segundo os servi�os de emerg�ncia ucranianos.

Centenas de civis j� morreram e milhares ficaram feridos na guerra. E as cenas de �xodo dos moradores da Ucr�nia para pa�ses vizinhos provocam uma grande como��o ao redor do mundo.

Na cidade portu�ria de Mariupol, uma nova tentativa de permitir a sa�da de civis fracassou no domingo devido ao desrespeito de um cessar-fogo acordado, o que rendeu uma troca de acusa��es entre russos e ucranianos.

A cidade estrat�gica �s margens do Mar de Azov tem "cenas devastadoras de sofrimento humano", afirmou o Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Uma fam�lia que conseguiu escapar da cidade descreveu as condi��es extremas dos �ltimos dias.

"Passamos sete dias em um por�o sem aquecimento, energia el�trica ou internet, a �gua e a comida acabaram", disse uma pessoa que pediu anonimato ao chegar em Dnipro, no centro da Ucr�nia.

"Na estrada vimos corpos por todos os lados, russos e ucranianos... Vimos que as pessoas foram enterradas em seus por�es", acrescentou.

Em Irpin, uma pequena localidade pr�xima de Kiev, o prefeito afirmou que viu o momento em que dois adultos e duas crian�as morreram na queda de uma bomba.

"S�o monstros. Irpin est� em guerra, Irpin n�o se rendeu", escreveu Oleksandr Markushyn no Telegram, ao mesmo tempo que admitiu que parte da cidade est� sob controle russo.

- Bolsas em queda, petr�leo e g�s em alta -

Os pa�ses ocidentais anunciaram san��es sem precedentes contra empresas, bancos e oligarcas para asfixiar a economia russa e pressionar Moscou a interromper a ofensiva.

O governo dos Estados Unidos admitiu que est� examinando a possibilidade de proibir a importa��o de petr�leo russo, o que levou a cota��o do barril do tipo Brent a quase 140 d�lares, perto do recorde hist�rico. Os pre�os do alum�nio e do cobre tamb�m registraram valores in�ditos nesta segunda-feira.

O pre�o do petr�leo, que pode agravar uma infla��o j� elevada, fez com que as principais Bolsas europeias registrassem quedas de mais de 4% na abertura. Ao mesmo tempo, o pre�o do g�s natural europeu disparou 60%, a mais de 300 euros o megawatt-hora, em um cen�rio de medo por um poss�vel corte no abastecimento procedente da R�ssia.

Putin equiparou as repres�lias econ�micas a uma declara��o de guerra. Ele prometeu que a R�ssia conseguir� "neutralizar" a Ucr�nia, "seja pela negocia��o ou pela guerra".

Voz dissonante no cen�rio internacional, a China reiterou nesta segunda-feira a amizade "s�lida como uma rocha" com a R�ssia, mas se declarou disposta a participar em uma media��o de paz "se for necess�rio".

Uma terceira rodada de negocia��es russo-ucranianas est� programada para esta segunda-feira, mas as expectativas n�o s�o boas. O presidente russo estabeleceu como condi��o pr�via a aceita��o por Kiev de todas as exig�ncias de Moscou, especialmente a desmilitariza��o da Ucr�nia e um status neutro para o pa�s.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) abriu na semana passada uma investiga��o sobre a situa��o na Ucr�nia. O governo dos Estados Unidos afirmou que recebeu informa��es "muito confi�veis" sobre crimes de guerra cometidos pela R�ssia.

"N�o perdoaremos, n�o esqueceremos, puniremos todos aqueles que cometeram atrocidades nesta guerra contra nossa terra", disse Zelensky no domingo. "Eles n�o ter�o um lugar tranquilo nesta Terra, exceto o t�mulo".

Reino Unido, Estados Unidos, Canad�, Austr�lia e Nova Zel�ndia pediram que a Interpol suspenda a R�ssia da organiza��o policial internacional, afirmou a ministra brit�nica do Interior, Priti Patel.

E no in�cio das audi�ncias na Corte Internacional de Justi�a (CIJ) nesta segunda-feira, como parte de um requerimento apresentado pela Ucr�nia, a R�ssia n�o enviou representantes ao tribunal com sede em Haia.

Em mais um tema provocado pela guerra, a seguran�a das centrais nucleares ucranianas tamb�m � motivo de grande preocupa��o, ap�s o ataque russo � usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.

A Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA) expressou "profunda preocupa��o" com a situa��o da central, que agora � controlada pela R�ssia e onde os funcion�rios n�o estariam conseguindo fazer seu trabalho da maneira adequada.


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