
Em nota divulgada nesta sexta (27), Francisco lembrou que mesmo esse ensino est� sujeito a circunst�ncias que podem eliminar o pecado. A manifesta��o ocorreu ap�s o pont�fice ser criticado por grupos que defendem os direitos LGBTQIA+ devido � declara��o anterior.
Em entrevista � ag�ncia Associated Press publicada na quarta (25), o papa disse que a homossexualidade "n�o � crime, mas um pecado". "Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir um pecado de um crime. Tamb�m � pecado n�o ter caridade com o pr�ximo."
O Catecismo da Igreja Cat�lica se refere � homossexualidade como "atos de grave deprava��o", descritos como "intrinsecamente desordenados". A igreja defende, por�m, que homossexuais devem ser "aceitos com respeito, compaix�o e sensibilidade" e diz que "todo sinal de discrimina��o injusta deve ser evitado".
Diante da repercuss�o da entrevista, o padre americano James Martin, que apoia a aceita��o de comportamento homossexual pela Igreja, pediu nesta sexta (27) esclarecimentos a Francisco.
Em 2013, seu primeiro ano � frente da Igreja Cat�lica, Francisco se declarou inapto a rejeitar homossexuais que buscassem o conforto de Deus. "Quem sou eu para julgar?", disse � �poca. A fala encheu cat�licos LGBTQIA+ com a esperan�a de serem acolhidos sem ressalvas no seio da institui��o.
Oito anos depois, ele deu sinal verde para o Vaticano divulgar a diretriz para que cl�rigos n�o aben�oem uni�es entre pessoas do mesmo sexo. "Deus n�o pode aben�oar o pecado", diz o documento da Congrega��o para a Doutrina da F�, que formula normas para os fi�is da maior vertente crist� do mundo.
Na entrevista, Francisco reconheceu que lideran�as cat�licas em algumas partes do mundo ainda apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQIA+. "Esses bispos precisam ter um processo de convers�o", afirmou o pont�fice, acrescentando que tais lideran�as devem agir com ternura --"por favor, como Deus tem por cada um de n�s".