Tr�s das v�timas eram crian�as de 9 anos: Evelyn Dieckhaus, Hallie Scruggs e William Kinney. Tamb�m foram mortos Cynthia Peak, 61, Katherine Koonce, 60, e Mike Hill, 61, al�m da atiradora Audrey Hale, 28, segundo comunicado da pol�cia da cidade.
O epis�dio, mais um entre os massacres em escolas no pa�s norte-americano, aconteceu desta vez na Covenant School, institui��o presbiteriana com 40 a 50 funcion�rios e cerca de 200 alunos que v�o da pr�-escola at� a 6ª s�rie.
A pol�cia da cidade come�ou a receber liga��es de emerg�ncia �s 10h13 desta segunda. Ao chegar no local, minutos depois, os oficiais come�aram a esvaziar o primeiro andar e direcionar as crian�as para uma �rea arborizada enquanto ouviam tiros vindos do segundo piso —onde confrontaram e mataram a atiradora em um sagu�o, �s 10h27.
"Fui �s l�grimas ao ver isso", disse o chefe da pol�cia da cidade, John Drake, segundo o jornal The Tennessean. "Meu cora��o e ora��es est�o com as fam�lias das seis pessoas que ficaram tragicamente feridas", disse ele.De acordo a pol�cia, a atiradora estacionou seu carro nas proximidades, o que ajudou na identifica��o, e pode ter acessado a escola por uma entrada lateral. Ela carregava dois fuzis semiautom�ticos, um rev�lver e um mapa da escola. Investiga��es iniciais, afirma Drake, revelam que ela foi aluna da institui��o e morava em Nashville. A pol�cia afirma ainda que a atiradora deixou um manifesto.
As tr�s crian�as foram declaradas mortas ap�s chegarem ao hospital infantil Monroe Carell Jr., em Vanderbilt, disse em um comunicado o porta-voz do centro de sa�de, John Howser.
O Corpo de Bombeiros de Nashville afirmou que atende "v�rios pacientes". Segundo a imprensa, dezenas de pais que foram at� o local eram instru�dos a se reunir em uma igreja pr�xima, onde davam o nome e o sobrenome de seus filhos � pol�cia. De acordo com Kendra Loney, do Corpo de Bombeiros, um espa�o com especialistas e profissionais de sa�de mental foi organizado.
O perfil da atiradora destoa do usual nesse tipo de epis�dio. Segundo levantamento de especialistas em justi�a criminal publicado no site The Conversation, de 1980 a 1989 a m�dia de idade dos atiradores era 39. O n�mero foi caindo ao longo dos anos at� alcan�ar 22 em 2020, mas a maioria dos agressores continua sendo masculina.
Apenas quatro dos 191 ataques a tiros desde 1966 catalogados pelo centro de pesquisa The Violence Project tiveram uma mulher como autora.
Ataques a tiros s�o comuns nos EUA, onde existem cerca de 400 milh�es de armas de fogo em circula��o —n�mero maior do que o de pessoas. Um a cada tr�s adultos possui ao menos uma arma e quase um a cada dois adultos vive em uma casa onde h� uma arma.
Esse � o 129º ataque com quatro ou mais pessoas nos EUA s� este ano, de acordo com a ONG Gun Violence Archive, que acompanha a viol�ncia armada no pa�s. Em 2022, foram 647, um n�mero que s� aumenta desde 2018.
Ap�s o an�ncio das autoridades, uma sobrevivente do ataque em Highland Park durante um desfile que comemorava o 4 de Julho do ano passado, dia da independ�ncia dos EUA, fez um discurso aos rep�rteres. "Voc�s n�o est�o cansados de cobrir isso?", perguntou Ashbey Beasley, segundo o The Tennessean. "Como isso ainda est� acontecendo? Como nossos filhos ainda est�o morrendo e por que estamos falhando com eles?" Ela disse que estava de f�rias com a fam�lia na cidade quando soube do ataque.
Autoridades, como o senador Bill Hagerty, se pronunciaram nas redes sociais. "Estou devastado e com o cora��o partido pelas tr�gicas not�cias", escreveu o republicano.
J� o prefeito de Nashville, John Cooper, expressou solidariedade �s v�timas e escreveu em suas redes sociais que a cidade se juntou � "temida e longa lista de comunidades que experimentaram um ataque a tiros em uma escola".
"Temos que fazer mais para impedir a viol�ncia armada. Isso est� destruindo nossas comunidades", afirmou o presidente Joe Biden sobre o epis�dio. "Pe�o novamente ao Congresso para aprovar minha proibi��o de armas de assalto", afirmou ele, referindo-se a uma categoria que engloba, na maioria das defini��es, armas de fogo semiautom�ticas.
O ataque, disse ele, � "de partir o cora��o, o pior pesadelo de uma fam�lia". "J� � hora de come�armos a avan�ar mais", afirmou. O Congresso dividido, por�m, dificulta a tarefa de aprovar mudan�as em rela��o ao tema.
"Quantas crian�as mais ter�o que ser assassinadas para que os republicanos no Congresso se levantem e ajam para aprovar a proibi��o de pistolas, fechar brechas em nosso sistema de verifica��o de antecedentes ou exigir o armazenamento seguro de armas?", afirmou a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre.
Em 2018, um massacre em uma escola de ensino m�dio na Fl�rida desencadeou um movimento nacional liderado por jovens para exigir uma supervis�o mais rigorosa das armas de fogo nos EUA. A mobiliza��o de mais de um milh�o de manifestantes, por�m, ainda n�o desencadeou mudan�as legislativas.