
"Eu vi tudo. Estava a 150 metros da Faixa de Gaza. Vi todos os m�sseis, os terroristas invadindo o festival e atirando nas pessoas, sequestrando, estuprando as mulheres", contou ao Correio o paulistano Yehuda Weiss, 29 anos. Uma rave no kibbutz de Khibert Mador, a 150 metros da fronteira com a Faixa de Gaza, terminou em pesadelo. Ranani Nidejelski Glazer, ga�cho de 24 anos, tamb�m estava na festa e, at� a noite deste s�bado (07/10), seguia desaparecido.
Yehuda relatou que viu v�rios corpos e carros destru�dos por tiros. "Um soldado morto teve o corpo jogado no meio da rua. N�o sei como consegui voltar para casa", disse o militar da reserva que mora em Beersheva h� dois anos e meio. "V�rios amigos foram sequestrados, tamb�m mulheres e crian�as. Fugi de l� com mais cinco amigos. Fui cortando os carros, no meio dos foguetes e dos tiros", lembra.
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De acordo com ele, os militantes do Hamas chegaram por todos os lados, inclusive de paraglider. "Eles roubaram carros da pol�cia e do ex�rcito. Invadiram primeiro uma base militar que estava do lado da festa e mataram todos que estavam l�. Depois, entraram na rave e passaram a atacar bairros e cidades vizinhas", acrescentou. Yehuda acredita que 200 pessoas tenham sido sequestradas pelo Hamas, inclusive v�rios estrangeiros que participavam da rave.
kibbutzim

A brasiliense Kelly Alves, 27, mora h� dois anos em Givat'aim (centro) e visitava os sogros em Nir Banin, um moshav (comunidade rural cooperativa) situado a 36 quil�metros de Gaza. Nascida no Gama, a t�cnica em ciberseguran�a foi surpreendida pela invas�o do Hamas a kibbutzim pr�ximos. "Acordei �s 6h com o som dos bombardeios e das sirenes antia�reas. As explos�es estremecem as janelas, as portas e o teto. O tempo todo escuto helic�pteros", relatou � reportagem. Ela e a fam�lia se protegiam em um quarto refor�ado com blindagem antim�sseis. "Estou bastante nervosa, mas meus parentes tentam me acalmar. Procuro n�o perder a cabe�a."