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Estado de Minas CONFLITO

Casal de brasileiros em Israel relata apreens�o com o dia de guerra

Israel e Gaza entraram novamente em guerra neste s�bado (7/10), ap�s o lan�amento de uma ofensiva surpresa do grupo isl�mico palestino Hamas


07/10/2023 11:35 - atualizado 07/10/2023 14:45
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Cenário é de destruição
Israel e Gaza entraram novamente em um embate neste s�bado (7) (foto: Reprodu��o/YouTube)

O casal de jornalistas brasileiros Airton Gontow, ga�cho, de 61 anos, e Maria Gontow, mineira, de 59 anos, vive em Haifa, cidade no Norte de Israel, h� dois anos. Ele conta que acordou na manh� deste s�bado (7/10), tranquilamente, desfrutou o caf� da manh� com a mulher, planejou um dia bom, para passear e, ao falar com o primo assustado pelo telefone, foi pego de surpresa com a not�cia da guerra que come�ou no pa�s.

Israel e Gaza entraram novamente em um embate neste s�bado (7), ap�s o lan�amento de uma ofensiva surpresa do grupo isl�mico palestino Hamas, que disparou milhares de foguetes e infiltrou combatentes por terra, mar e ar. O conflito entre Israel e Hamas j� matou ao menos 238, sendo 40 israelenses e 198 palestinos.

Gontow conta que a cidade � conhecida pela diversidade. S�o laicos, judeus religiosos ou n�o, �rabes, crist�os ou mu�ulmanos, dursos e bah�'� (Haifa tem o maior templo dedicado a essa religi�o abra�mica monote�sta do mundo), al�m de estudantes do mundo inteiro (na cidade est�o duas importantes universidades ao n�vel global) e da popula��o LGBTQIA+ (na cidade tamb�m acontece a segunda maior parada LGBTQIA+ de Israel).

"Israel despertou com a not�cia dos ataques. Estamos todos tensos e, mesmo sabendo que � improv�vel que a guerra que come�ou no Sul do pa�s possa chegar at� aqui, no Norte, a sensa��o � de apreens�o. O Hamas quer sabotar um poss�vel movimento pela paz entre Israel e a Ar�bia Saudita, o que poderia acabar se estendendo tamb�m para outros pa�ses �rabes. A esperan�a pela paz � um sentimento presente entre n�s", diz Gontow, que sabe as not�cias sobre a viol�ncia acompanhado o notici�rio e recebendo diversos relatos.

Para ele, o ataque mais ousado de que se tem conhecimento at� ent�o. "Existem pessoas em vilas que est�o dentro de casa, no escuro, tudo trancado, falando baixo, vendo os terroristas na rua, alguns at� dentro das casas. Mas n�o est� claro tudo o que realmente est� acontecendo, quantas pessoas foram sequestradas, onde est�o ou para onde v�o os terroristas, onde podem ser lan�ados os m�sseis, por exemplo", conta o jornalista que, olhando pela sacada de casa, avista um parque que costuma ser lugar de divers�o para fam�lias e suas crian�as, e que neste s�bado est� deserto.

Airton Gontow e Maria Gontow vivem em Haifa, cidade no Norte de Israel, há dois anos
Airton Gontow e Maria Gontow vivem em Haifa, cidade no Norte de Israel, h� dois anos (foto: Arquivo Pessoal)
"Geralmente eu me incomodo com o barulho que acontece das 16h �s 19h e fecho a porta de vidro que tem isolamento ac�stico. Mas hoje olhei para o parquinho vazio e me deu uma tristeza infinita. Como eu quis que as crian�as estivessem l� brincando. Abriria a janela para deixar o barulho da vida, do amor e da paz entrar na minha sala", relata, dizendo que �s 17h, no hor�rio local, deste s�bado, finalmente apareceram algumas fam�lias para se divertirem por l�.

Ele e a mulher est�o seguindo as recomenda��es do governo: n�o sair �s ruas, trancar a casa e colocar �gua e comida nos bunkers, abrigos para emerg�ncias que existem em praticamente todas as edifica��es da cidade e que, na casa do casal, est� em um dos quartos. A orienta��o � tamb�m por estar atento a qualquer alarme.

"Por enquanto os m�sseis ainda n�o chegaram aqui. Est�o avan�ando e j� castigam o centro do pa�s. As mortes tamb�m j� come�aram do lado palestino.  A sensa��o de tristeza e impot�ncia diante da viol�ncia j� nos atinge e arrasa. O Hamas tenta arrastar o Hezbollah, que est� no Sul do L�bano (fronteira Norte de Israel) para a guerra, mas os analistas dizem que � dif�cil que a guerra tamb�m se estenda por l�. Mas, sabemos, uma guerra pode come�ar por qualquer detalhe. �s vezes um atentado pode despertar uma guerra que ambos n�o desejam",  diz Gontow.  "Nosso sentimento tamb�m � de indigna��o pelo governo n�o ter percebido a imin�ncia do ataque em grande escala que estava sendo planejado. As for�as de seguran�a e de intelig�ncia israelense falharam", constata.

Guerra

"Estamos em guerra", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que ordenou uma "ampla mobiliza��o de reservistas". "O inimigo pagar� um pre�o sem precedentes", prometeu o presidente em uma mensagem de v�deo, na qual reconheceu que o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, lan�ou "um ataque criminoso surpresa".

O aumento da viol�ncia come�ou com uma onda de foguetes lan�ada de v�rios pontos da Faixa de Gaza a partir das 6h30 (00h30 no hor�rio de Bras�lia) deste s�bado. O bra�o armado do Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque e afirmou que milhares de proj�teis foram lan�ados.

As for�as israelenses responderam com ataques a�reos contra alvos do Hamas em Gaza, e garantiram que tamb�m lutavam em solo israelense, perto do enclave palestino, contra milicianos infiltrados de Gaza por terra, mar e ar. "Houve um ataque combinado com a ajuda de parapentes", disse o porta-voz do Ex�rcito israelense, tenente-coronel Richard Hecht, alertando que "algo grande" estava acontecendo.

As for�as armadas israelenses informaram o acionamento de sirenes no Sul do pa�s, enquanto a pol�cia pedia � popula��o que permanecesse perto de abrigos antibombas. Sirenes tamb�m foram ativadas em Jerusal�m, segundo jornalistas da AFP.

O bra�o armado do Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque com foguetes e afirmou que mais de 5 mil foguetes foram lan�ados. "Decidimos p�r fim a todos os crimes da ocupa��o (israelense); o seu tempo de viol�ncia sem responsabiliza��o acabou", declarou o grupo. "Anunciamos a opera��o Dil�vio Al Aqsa e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes". O Hamas recebeu elogios de dois inimigos jurados de Israel na regi�o: o movimento xiita liban�s Hezbollah e o Ir�, por meio de um conselheiro militar do l�der supremo.

Centenas de palestinos na Faixa de Gaza abandonaram as suas casas para se afastar das zonas fronteiri�as com Israel. Homens, mulheres e crian�as fugiram com cobertores e alimentos, a maioria deles da parte nordeste do enclave palestino, confirmou um jornalista da AFP. Em Gaza, j� s�o cerca de 198 mortos. A escalada da viol�ncia provocou in�meras rea��es internacionais.

(Com informa��es da AFP)


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