O deslocamento acontece ap�s Israel ter informado as Na��es Unidas na noite desta quinta-feira (12) que todos os palestinos devem deixar a por��o norte nas 24 horas seguintes, sugerindo uma prov�vel invas�o da regi�o.
Segundo o diplomata, a ideia � que os brasileiros saiam da �rea pelo Egito, onde um avi�o da For�a A�rea Brasileira, atualmente em Roma, aguarda autoriza��o do Egito para poder busc�-los.
"O governo negociou que brasileiros em Gaza possam sair pelo Egito, � a �nica forma de sair", disse. "Propusemos que fossem levados at� um aeroporto numa localidade muito pr�ximo da fronteira."
Segundo o Itamarty, o transporte ao Egito ser� feito "t�o logo seja poss�vel a passagem por Rafah".
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A informa��o sobre a possibilidade sa�da dos brasileiros neste s�bado foi antecipada pela coluna M�nica Bergamo.
"Hoje [sexta] eu falei com o ministro das rela��es exteriores de Israel, e uma das coisas que manifestei a ele foi dar tempo para permitir o tr�nsito de brasileiros e outros nacionais, para essa evacua��o", disse Vieira a jornalistas em Nova York, ap�s participar de uma reuni�o do Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas sobre Gaza convocada pelo Brasil, que preside o �rg�o neste m�s.
Em nota, o Itamaraty afirmou que cerca de 20 brasileiros, em sua maioria mulheres e crian�as, manifestaram interesse em sair de Gaza. Parte desse grupo est� em uma escola local, aguardando a evacua��o neste s�bado. O MRE disse ainda que a embaixada em Tel Aviv pediu formalmente ao governo israelense que n�o bombardeie a escola.
O restante do grupo est� em Khan Younes, no sul da Faixa, ainda de acordo com a nota.
A reuni�o do Conselho de Seguran�a, a segunda sobre o tema desde a eclos�o da guerra no �ltimo s�bado (7), terminou mais uma vez sem resultar em nenhum produto —como s�o chamados instrumentos diplom�ticos como resolu��es e acordos.
Uma proposta de resolu��o foi circulada pela R�ssia, um dos membros permanentes do �rg�o, defendendo um cessar-fogo humanit�rio, segundo uma c�pia do documento obtido pela Reuters.
A ideia enfrenta resist�ncia de aliados de Israel, como os Estados Unidos, que afirmam que Tel Aviv tem o direito de se defender contra os ataques perpetrados pelo grupo terrorista Hamas.
"O texto proposto pela R�ssia n�o atende a todas as necessidades de todos os pa�ses presentes, porque como � sabido h� uma grande divis�o no Conselho de Seguran�a", disse Vieira.
Tanto Estados Unidos quanto R�ssia, assim como China, Reino Unido e Fran�a, t�m poder de veto. O conselho � composto ainda por outros dez membros rotativos sem poder de veto. Atualmente, o Brasil integra o �rg�o, e assumiu sua presid�ncia ao longo do m�s de outubro.
Segundo o chanceler brasileiro, o pa�s foi incumbido de fazer consultas com os outros membros a partir de agora para chegar a uma reda��o do texto que seja aceit�vel por todos. N�o h� prazo, ou certeza, de que isso venha ocorre.
"Estamos fazendo isso levando em conta tamb�m as propostas apresentas pelo presidente Lula de cria��o de corredores humanit�rios, de cessa��o de hostilidades, de fim de reten��o dos ref�ns, e que tamb�m possa haver ingresso de alimentos, medicamentos, �gua, e voltar a produ��o de energia pelos geradores, para que possa haver o m�nimo de qualidiade de vida dos milh�es de palestinos que vivem na Faixa de Gaza", afirmou Vieira.
A aprova��o de uma resolu��o pelo Conselho de Seguran�a exige nove votos favor�veis, e nenhum veto dos membros permanentes.