O Butantan anunciou na quarta-feira (23/12) que a CoronaVac atingiu o limiar de efic�cia que permite pedir a autoriza��o de uso emergencial do imunizante no Brasil, mas n�o divulgou os dados.
Isso significa que a vacina teve um �ndice acima de 50%, que a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) j� disse ser suficiente para uma aprova��o e �til no combate � pandemia.
A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) tamb�m j� afirmou que conceder� o registro para um imunizante que tenha no m�nimo 50% de efic�cia, ou seja, que proteja 50 das 100 pessoas que a tomarem.
A ag�ncia brasileira segue o crit�rio adotado pela Food and Drug Administration (FDA), �rg�o equivalente � Anvisa nos Estados Unidos.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, explicou que a Sinovac, farmac�utica chinesa que desenvolve a vacina, pediu que o �ndice de efic�cia n�o seja divulgado neste momento.
A empresa solicitou o envio dos dados do estudo realizado pelo Butantan e um prazo de 15 dias para analis�-los.
O objetivo seria uniformizar os resultados dos testes de fase 3, que investigam se a CoronaVac realmente protege contra a covid-19, que est�o sendo feitos em outros pa�ses, como China, Turquia, Indon�sia e, mais recentemente, no Chile.
A efic�cia verificada no Brasil foi diferente da obtida em outros pa�ses e "merece uma reavalia��o", esclareceu o secret�rio de Sa�de de S�o Paulo, Jean Gorinchteyn.
"Para que uma empresa possa dizer que uma imuniza��o estabelecida, ela precisa ter o mesmo percentual de efic�cia em qualquer lugar do mundo", disse o secret�rio.
Covas refor�ou que "a Sinovac n�o pode ter tr�s efic�cias para a mesma vacina". "Isso n�o implica que os dados forma maiores ou menores do que a expectativa", afirmou o diretor do Butantan.
Adiamento n�o compromete in�cio de vacina��o, diz governo de SP

Este � o segundo adiamento de dados relativos � efic�cia da CoronaVac. A princ�pio, seriam anunciados resultados preliminares no �ltimo dia 15, mas o governo de S�o Paulo e o Butantan argumentaram que, naquele momento, j� havia sido atingido o crit�rio para realizar uma an�lise completa ou seja, que 170 volunt�rios j� haviam contra�do o coronav�rus e que preferiam segurar a divulga��o para esperar pelo estudo conclusivo.
Em ambos os casos, tanto nos resultados preliminares quanto nos definitidos, um comit� independente tem acesso �s informa��es sigilosas dos testes para que possam verificar se as pessoas que ficaram doentes fazem parte do grupo de participantes da pesquisa que recebeu a vacina ou o placebo.
Jo�o Gabardo, coordenador-executivo do centro de conting�ncia da covid-19 de S�o Paulo, disse que o novo adiamento n�o altera os planos de dar in�cio � imuniza��o no Estado em 25 de janeiro, porque os dados obtidos at� agora d�o a certeza de que a vacina atender� os crit�rios de efic�cia da Anvisa.
Ele ressaltou que a Sinovac pode terminar a an�lise antes dos 15 dias que foram pedidos pela empresa.
Mesmo se for usado o prazo total, afirmou Gabbardo, ainda assim ser� poss�vel come�ar a vacina��o no dia 25 de janeiro, porque a Anvisa tem um prazo de dez dias para analisar um pedido de uso emergencial.
"Enquanto isso, a Anvisa ter� o tempo necess�rio para fazer a an�lise do registro definitivo. Para o dia 25, temos a seguran�a que conseguiremos essa autoriza��o (emergencial) para iniciar a vacina��o", disse Gabbardo.
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