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A maior cidade do pa�s, S�o Paulo, confirmou na segunda-feira (5/7) o primeiro caso de infec��o pelo coronav�rus da variante Delta em seu territ�rio.
Segundo comunicado da Secretaria Municipal de Sa�de, um homem de 45 anos teve a cepa detectada em uma amostra do exame RT-PCR enviada ao Instituto Butatan, que fez uma an�lise gen�mica do material. O homem est� com sintomas leves e passa bem; ele e seus parentes est�o sendo acompanhados pela equipe de uma Unidade B�sica de Sa�de (UBS) na regi�o onde moram.
Este registro in�dito em S�o Paulo n�o �, por�m, o primeiro caso da variante Delta no pa�s.
O mais recente boletim epidemiol�gico do Minist�rio da Sa�de sobre o coronav�rus, que inclui informa��es referentes at� o dia 26 de junho, registrou 11 casos da variante Delta no pa�s, distribu�dos em cinco Estados: Goi�s (1 caso), Maranh�o (6), Minas Gerais (1), Paran� (2) e Rio de Janeiro (1).
O boletim n�o inclui o caso de S�o Paulo, porque este foi confirmado depois da publica��o do relat�rio, assim como outros anunciados nesta semana por governos locais o do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou nesta segunda-feira (5) mais dois novos casos de infec��o pela cepa.
Governos locais j� confirmaram pelo menos duas mortes de pessoas infectadas com a variante no Brasil: uma gestante de 42 anos no Paran� e o tripulante indiano de um navio atracado no Maranh�o, de 54 anos de idade.
� protocolo dos governos n�o identificar pacientes e v�timas fatais, em respeito � privacidade dessas pessoas.
A variante Delta, detectada na �ndia em 2020 e identificada tamb�m como B.1.617.2, preocupa por sua poss�vel maior transmissibilidade (leia mais abaixo). No Brasil, por�m, ela est� longe das variantes mais detectadas: a Gama (P.1) j� foi confirmada em 6.838 amostras em todas as unidades federativas, segundo o boletim do minist�rio; e a Alfa (B.1.1.7), em 169 casos distribu�dos em 14 unidades federativas.
Em alguns pa�ses de Europa e da �sia, por�m, a Delta � predominante e j� motiva o endurecimento de medidas restritivas, mesmo em pa�ses com alto percentual da vacina��o, como Israel, ou que conseguiram controlar bem a pandemia na maior parte do tempo, como a Austr�lia.
Mortes no Brasil
De acordo com o boletim do Minist�rio da Sa�de, todos os 11 primeiros casos identificados da variante foram "importados" de pessoas que vieram do exterior.
A primeira v�tima fatal desta cepa no Brasil, uma gestante de 42 anos, morava no Jap�o e chegou ao Brasil em 5 de abril. Dois dias depois, ela apresentou sintomas e teve a covid-19 confirmada. Em 15 de abril, foi internada, e em 18 de abril morreu, ap�s uma cesariana de emerg�ncia.
O beb� nasceu prematuro, ficou internado e hoje passa bem.
J� o Maranh�o, que tem mais casos da variante registrados no pa�s, tamb�m confirmou um �bito.
Em meados de maio, autoridades locais comunicaram uma contamina��o na tripula��o do navio Mv Shandong Da Zhi, com bandeira de Hong Kong. Foram confirmadas 15 infec��es pelo coronav�rus, seis delas com a variante Delta.
Ap�s passar dias em um hospital particular de S�o Lu�s (MA), um dos tripulantes infectados com a variante, um indiano de 54 anos, morreu no dia 26 de junho. Ele ficou em estado grave e chegou a ser intubado.
Enquanto o Minist�rio da Sa�de considera estes e os outros nove casos da variante no Brasil como importados, a Prefeitura de S�o Paulo afirmou estar investigando a infec��o do homem de 45 anos "para descobrir de que forma ocorreu a contamina��o, levando em considera��o que a pessoa trabalha em casa, diz n�o ter viajado, e nega ter tido contato com pessoas que viajaram", segundo nota da Secretaria Municipal de Sa�de.
Considerando que o Brasil realiza poucos testes para a covid-19 em geral, e ainda menos a an�lise gen�mica para detectar variantes, � dif�cil estimar a verdadeira extens�o da contamina��o por diferentes cepas no pa�s. Portanto, o n�mero de casos de infec��es pelas variantes � possivelmente maior do que o registrado.
A infec��o em S�o Paulo, por exemplo, foi confirmada depois que uma parcela de amostras de exames RT-PCR positivos na capital passou a ser encaminhada rotineiramente ao Instituto Butantan desde a segunda quinzena de abril, com o objetivo de monitorar a circula��o de variantes.
A variante Delta no mundo
J� no Reino Unido, que tem um sistema de vigil�ncia e an�lise gen�mica bastante din�mico, estima-se que 90% dos casos atuais de covid-19 s�o da cepa Delta.
Segundo boletim da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) de ter�a-feira (6/7), a variante j� foi identificada em 104 pa�ses. � um n�mero menor do que o da variante Alfa, registrada em 173 pa�ses ou territ�rios, ou da Beta (122). Entretanto, a organiza��o diz que "considerando a vantagem estimada da variante Delta na transmiss�o, espera-se que esta supere rapidamente outras variantes e se torne a linhagem dominante em circula��o nos pr�ximos meses".
De acordo com o banco de dados internacional GISAID, o n�mero reprodutivo b�sico efetivo (o "R", o quanto uma pessoa infectada transmite o v�rus para outras) da variante Delta � 55% maior do que a variante Alfa e 97% maior do que o coronav�rus sem muta��es, acrescenta a OMS.
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