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Estado de Minas METEOROLOGIA

Frio: Como a Ci�ncia explica temperaturas extremamente baixas que devem chegar ao Brasil

Massas de ar frio s�o comuns nesta �poca do ano, mas a magnitude e frequ�ncia desses fen�menos podem ter sido alterados pelas mudan�as clim�ticas, dizem meteorologistas.


26/07/2021 21:13 - atualizado 26/07/2021 21:13

Pedestres protegidas do frio na capital paulista em julho; cidade pode registrar a menor temperatura desde 1994(foto: Getty Images)
Pedestres protegidas do frio na capital paulista em julho; cidade pode registrar a menor temperatura desde 1994 (foto: Getty Images)
Meteorologistas de diversos �rg�os anunciam a chegada, nos pr�ximos dias, de uma forte massa de ar polar, que deve causar uma queda hist�rica nas temperaturas de todo o Brasil.

 

A previs�o � que o frio intenso comece na ter�a-feira (27/7) e se estenda at� domingo (1/8).

 

Na regi�o Sul, os term�metros podem registrar temperaturas negativas durante mais de uma semana. Nas serras catarinense e ga�cha, a previs�o do Climatempo � de m�nimas entre -8ºC e -10ºC. Mas fortes ventos podem causar uma sensa��o t�rmica de at� -25ºC.

No Rio de Janeiro, h� a possibilidade de nevar no Pico do Itatiaia, localizado a 2.450 metros de altitude.

 

Em S�o Paulo, a previs�o do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) � de que a m�nima prevista para a madrugada de sexta-feira (30/7) seja de 3ºC, com m�xima de 13ºC.

 

A �ltima vez que a cidade registrou uma temperatura t�o baixa em 13 de junho de 2016 (3,5ºC). H� tamb�m previs�o de geada para toda a regi�o da Grande S�o Paulo.

 

Segundo o Climatempo, diversas capitais devem registrar as menores temperaturas do ano, como Curitiba, Florian�polis, Porto Alegre, Campo Grande, S�o Paulo, Belo Horizonte e Vit�ria.

 

A menor temperatura j� registrada na capital paulista, desde 1943, foi de -2,1ºC no dia 2 de agosto de 1955, na esta��o meteorol�gica do Inmet no Mirante de Santana, que � a esta��o oficial para registro de recordes.

 

Caso a previs�o desta semana se concretize, ser� o dia mais frio dos �ltimos 27 anos na capital paulista. No dia 9 de julho de 1994, o Inmet registrou 2ºC e, no dia 10 de julho de 1994, 0,8ºC. Na �poca, as baixas temperaturas devastaram cafezais em cidades no interior paulista.

Por que faz tanto frio?

Meteorologistas ouvidos pela BBC News Brasil disseram que a passagem de massas de ar frio � comum nesta �poca do ano. No entanto, a magnitude e frequ�ncia desses fen�menos podem ter sido alterados pelas mudan�as clim�ticas.

 

Segundo Francisco de Assis, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a massa de ar frio desta semana ser� a terceira de grande porte registrada em 2021. O mais comum, diz ele, � apenas uma ou duas massas de ar polar significativas por ano.

"Isso est� associado � alta variabilidade clim�tica e aquecimento global, que causam esses extremos. Da mesma forma que o frio extremo aqui, vemos o forte calor no Hemisf�rio Norte", afirma.


Pessoa corre em parte de Curitiba; capital paranaense esta entre cidades que devem registrar menor temperatura do ano(foto: Getty Images)
Pessoa corre em parte de Curitiba; capital paranaense esta entre cidades que devem registrar menor temperatura do ano (foto: Getty Images)

 

Questionado, por�m, Assis diz que essa deve ser a �ltima grande onda de frio deste ano.

 

"Normalmente, as temperaturas mais baixas s�o registradas entre a segunda quinzena de junho e durante o m�s de julho. � muito improv�vel que uma nova onda como essa aconte�a de novo porque, a partir de agosto, come�a a esquentar", afirma.

 

Francisco de Assis explica que as massas de ar que atingiram o Brasil neste ano causaram mais frio porque foram mais consistentes, extensas e conseguiram subir com intensidade at� o Sudeste do pa�s.

 

"As massas de ar polar do ano passado n�o atingiram a regi�o do caf� em Minas, no sudeste do Estado. J� as deste ano, inclusive a desta semana, t�m mais for�a para atingir a regi�o Sudeste".

 

Ele diz que essas massas nascem na Ant�rtida e sobem. Elas passam pela Argentina, Uruguai e perdem for�a ao chegar no Sudeste, onde correntes na alta atmosfera as arrastam de oeste para leste. Desta maneira, elas s�o levadas para o oceano e chegam ao sul da �frica.

 

Francisco de Assis, no Inmet, afirma que uma das regi�es que sentir� uma das maiores varia��es clim�ticas do pa�s � Cuiab�, no Mato Grosso.

 

"Isso porque a Baixada Cuiabana registrou 37ºC no fim de semana e m�nima de 21ºC. A m�xima vai cair para 20ºC na quinta (29/7) e a m�nima vai a 7ºC", afirmou.

 

Ele diz que esse contraste ocorre porque na regi�o h� o predom�nio de uma forte massa de ar quente e seca. A chegada de um sistema de ar frio causa esse contraste.

 

A massa de ar frio ainda pode derrubar as temperaturas no sul do Amazonas, do Acre e Rond�nia — fen�meno conhecido como friagem. Ela tamb�m deve causar chuvas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran�, S�o Paulo e parte do Mato Grosso do Sul.

 

Tamb�m h� previs�o de ressaca e mar agitado desde o extremo sul do litoral do Rio Grande do Sul at� as praias de Vit�ria, no Esp�rito Santo.

Muita geada, mas pouca neve

Gelo em plantas de Campo Alegre, Santa Catarina(foto: Getty Images)
Gelo em plantas de Campo Alegre, Santa Catarina (foto: Getty Images)

 

A meteorologista do Climatempo Jos�lia Pegorim disse � BBC News Brasil que, apesar de registrar temperaturas negativas, as tr�s capitais do Sul n�o devem ter neve.

 

"N�o basta o frio intenso para nevar. A neve � uma precipita��o e precisa cair de uma nuvem. As condi��es para neve ser�o restritas aos dias 28 e 29 de julho, mas n�o h� chance de ocorrer em Curitiba, por exemplo. Apenas no planalto e serra do Rio Grande do Sul e Santa Catarina", afirma.

 

Ela afirmou que a massa de ar desta semana ser� t�o significativa que at� mesmo algumas �reas no sul do Tocantins, da Bahia e do Par� sentir�o uma queda na temperatura.

 

"Mas nessas regi�es (essa massa) vai apenas aliviar o calor porque est� muito quente. Teremos uma atua��o bastante forte mesmo no continente, nas regi�es Sul, Sudeste e Centro-Oeste".

 

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