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Estado de Minas

Chacina da Candel�ria completa 17 anos com passeata e cr�ticas �s pol�ticas p�blicas


23/07/2010 20:20 - atualizado 23/07/2010 20:25
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(foto: Fernando Rabelo/Folhapress)

Rio de Janeiro – Parentes de v�timas e representantes de entidades em defesa da crian�a fizeram nesta sexta-feira,  uma passeata contra a viol�ncia e a impunidade, e criticaram os governos pelo n�o cumprimento do Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA).

A caminhada “Candel�ria Nunca Mais”, promovida pela Pastoral do Menor da Arquidiocese do Rio de Janeiro, reuniu mais de 20 entidades e parentes de v�timas da viol�ncia contra crian�as e adolescentes e marcou os 17 anos da chacina que vitimou oito jovens que dormiam na rua, nas imedia��es da Igreja da Candel�ria, no centro da capital fluminense.

Logo depois da caminhada, foi rezada uma missa na Igreja da Candel�ria, celebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, don Edson de Castro Homem.

A coordenadora da Pastoral do Menor da Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e representante do Conselho Estadual de Defesa da Crian�a e do Adolescente, Maria de F�tima Pereira da Silva, criticou o Poder P�blico e afirmou que desde o ocorrido ainda n�o existe uma pol�tica de Estado em defesa do menor.

“N�o est�o respeitando a Constitui��o Federal, no Artigo 227, que diz que a crian�a � prioridade absoluta. H� or�amento para outras denomina��es do governo, mas a crian�a est� sempre em �ltimo plano”, protestou Maria de F�tima, organizadora do evento.

O coordenador executivo do Centro de Defesa da Crian�a e do Adolescente do Rio de Janeiro, Pedro Pereira, afirmou que a viol�ncia contra a crian�a est� institucionalizada. E disse que dentro do Departamento Geral de A��es S�cioeducativas, onde h� menores detidos, “eles s�o cotidianamente submetidos a tratamento degradante e desumano”.

“Para uma crian�a fazer um processo de volta � sua comunidade ou para a rua, requer uma estrat�gia, uma metodologia, um processo pedag�gico. N�o � simplesmente recolhendo crian�as da rua, que em muitos casos ocorre com viol�ncia policial, ou do Choque de Ordem, feito pela Guarda Municipal. As crian�as ficam com medo de denunciar porque elas depois retornam �s ruas”, afirmou Pereira.

A irm� de uma das v�timas que sobreviveu � Chacina da Candel�ria, Patr�cia de Oliveira da Silva, afirmou que na �poca o irm�o, Wagner dos Santos, tinha 22 anos. Mas at� hoje, com 39 anos e morando na Su��a, ele n�o superou o ato de viol�ncia que marcou sua juventude e deixou sequelas em seu corpo.

“Ele tem problemas psicol�gicos e tem uma marca na boca que o incomoda muito. Ele ficou com um defeito na boca com um dos tiros que ele levou. E tem duas balas alojadas pelo corpo”, disse Patr�cia.

A m�e de Raphael Silva, v�tima de uma chacina na Baixada Fluminense, em mar�o de 2005, Luciene Silva, afirma que o manifesto em conjunto dos grupos de v�timas da viol�ncia e das chacinas � importante para que os casos n�o sigam impunes.

“Essa � uma forma da gente compensar um pouco a dor e tomar uma atitude”, disse Luciene.

A ministra de Desenvolvimento Social e Combate � Fome, M�rcia Lopes, que tamb�m participou do ato, afirmou que o or�amento da pasta saiu de R$ 6 bilh�es no ano passado para R$ 40 bilh�es tendo o “Bolsa Fam�lia” como o projeto principal.

“Hoje, felizmente n�s podemos destacar, nesses 20 anos do Estatuto da Crian�a e do Adolescente, grandes avan�os na redu��o dos �ndices, que n�s sempre tivemos no pa�s, de trabalho infantil e o abuso de explora��o sexual, a viol�ncia e a perman�ncia das crian�as nas ruas. Sabemos que ainda h� um caminho longo para que possamos aprimorar cada vez mais [as pol�ticas p�blica em defesa dos jovens]”, afirmou a ministra.


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