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Estado de Minas

Atirador buscava 'cobertura da m�dia' e 'como��o', diz pesquisadora


postado em 07/04/2011 17:52


(foto: flickr.com/photos/culturarj)
(foto: flickr.com/photos/culturarj)
O respons�vel pelo ataque que matou ao menos onze pessoas em uma escola municipal no Rio de Janeiro nesta quinta-feira buscava, com o ato, “gerar grande como��o”, na opini�o da cientista social Silvia Ramos, pesquisadora do Centro de Estudos de Seguran�a e Cidadania da Universidade C�ndido Mendes.

Para a pesquisadora, o epis�dio teve uma "produ��o midi�tica, de algu�m que planejou uma morte espetacular, com ampla cobertura da m�dia".

“Ele produziu uma chacina para gerar uma grande como��o", afirmou.
Nesta quinta-feira, o atirador Wellington Menezes de Oliveira disparou contra alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, de onde fora aluno, e depois cometeu suic�dio. Pelo menos 11 pessoas foram mortas.

‘Imita��o’

Na opini�o de Silvia Ramos, o incidente no Rio de Janeiro tem um “car�ter imitativo muito evidente” em rela��o a epis�dios ocorridos nos Estados Unidos.

“V�rios ingredientes foram copiados quase que perfeitamente, como o cara escolher uma escola, entrar atirando aleatoriamente numa sala de aula, deixar uma carta suicida”, disse.

Tais ingredientes, para a pesquisadora, remetem diretamente a atos similares que tiveram grande repercuss�o nos Estados Unidos, como os assassinatos de 12 alunos e um professor na escola de Columbine, no Colorado, cometidos por dois alunos da institui��o em 1999.

De acordo com a soci�loga, o fato de Wellington Menezes ter realizado o crime em uma escola, onde a “inoc�ncia total” est� simbolizada e as crian�as est�o indefesas, aumenta o choque da popula��o, assim como o fato de o alvo primordial ter sido meninas, que representam pelo menos dez dos mortos.

“Isso aumenta o car�ter de covardia, o sentimento de impot�ncia. � muito chocante e produz um sentimento de indigna��o muito forte”, diz Ramos.

De acordo com a cientista social, a perplexidade � mais forte porque o Brasil n�o tem hist�rico de epis�dios desse tipo com esta dimens�o.

“� muito surpreendente pelo formato, n�o faz parte da nossa cultura”, disse.

Ela diz que, apesar de o Brasil ter a sexta maior taxa de homic�dios do mundo, os crimes costumam ser associados a din�micas interpessoais ou do crime organizado.

"Neste caso, o crime parece dialogar com o mundo midi�tico."

“O Brasil parou, o governador parou, o nome dele vai ser falado, a foto vai sair em todos os jornais. O epis�dio � um ato de grande repercuss�o, e nesse sentido tem um car�ter terrorista. Amanh� todos os pais que t�m filhos em escolas v�o estar aterrorizados", disse a pesquisadora.


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