A movimenta��o ainda � bem grande na porta da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade, cinco dias depois de um atirador matar 12 crian�as e deixar 10 feridas. A cal�ada do col�gio est� tomada por flores, velas, cartazes e at� brinquedos. Nesta segunda-feira, garis da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) do munic�pio, come�aram a limpar o interior da escola. Eles est�o lavando as manchas de sangue nas paredes, portas, no ch�o das salas, corredores, escada e na entrada do pr�dio.
Ubiratan Soares, de 65 anos, disse que a neta, que estuda na Tasso da Silveira � tarde, n�o quer mais entrar no col�gio e que por isso foi pedir a transfer�ncia da menina. “Ela n�o quer mais voltar para essa escola. Ela n�o consegue dormir, fica vendo televis�o a noite toda”, desabafou.
Ana Maria Alves Pinheiro tamb�m foi hoje de manh� � Escola Tasso da Silveira pedir a transfer�ncia da neta de 13 anos e que, apesar de estudar � tarde, conhece as v�timas da trag�dia. “Ela est� muito perturbada, fica chorando o tempo inteiro. Ela n�o dorme, ri � toa. Ela n�o est� bem. A gente est� precisando de um psic�logo”, disse a senhora.
Noeli Rocha, m�e da menina Mariana, morta pelo atirador, foi � escola buscar o material escolar da filha, mas ter� que voltar � tarde. “N�o � coisa de import�ncia. � s� uma mochila, mas para mim � importante. O que ser� que ela sentiu, eu n�o estava aqui para defend�-la. Eu ainda escuto minha filha me chamar”, disse com a voz embargada.