
Os depoimentos � pol�cia mostram que a suposta liga��o foi revelada pelo pr�prio atirador aos parentes e ao seu barbeiro, mas nunca foi comprovada. Ele disse � irm�, ao primo e a um sobrinho que havia se tornado "adepto de Bin Laden", depois que deixou a barba crescer at� a altura do peito, a partir de outubro do ano passado.
Todos os familiares dizem que os problemas com a bebida e as ideias confusas sobre suic�dios e assassinatos em massa ficaram mais intensas ap�s a morte da m�e de cria��o de Wellington, Dic�a Menezes de Oliveira. Ele ficou isolado dos parentes, abandonou o emprego no almoxarifado de um abatedouro de frangos e foi morar sozinho em Sepetiba, na zona oeste. Em 2010, ele iniciou uma transforma��o visual com o crescimento da barba e "come�ou a se intitular fundamentalista", depois de ficar obcecado pelas imagens do atentado contra as Torres G�meas, em Nova York, ocorrido em setembro de 2001.
Criado por pais seguidores da seita Testemunhas de Jeov�, a partir de 2010 Wellington passou a dizer que frequentava uma mesquita no centro do Rio e na Barra da Tijuca. No entanto, n�o existe templo mu�ulmano na Barra da Tijuca, e o situado no centro da cidade est� fechado h� tr�s anos. A �nica mesquita da cidade funciona na Tijuca, na zona norte.
Um funcion�rio do matadouro onde Wellington trabalhou tamb�m revelou que ele era alvo de goza��es na empresa, assim como os parentes confirmaram � DH que Wellington tamb�m era perseguido na escola.
Todos os depoimentos apontam que o criminoso tinha algum problema mental. "Wellington parecia ter dist�rbios mentais, pois se sentava na cadeira e ficava olhando para o espelho fixamente, olhando repentinamente para os lados", contou o cabeleireiro Maxwell Almeida, de 30 anos, que cortava o cabelo do atirador h� sete anos. O primo L., de 24 anos, chegou a criticar a fam�lia ao afirmar que o rapaz era "muito louco e muito estranho", mas nenhum parente"admitia as debilidades de Wellington".
Sigilo
A ju�za Alessandra de Ara�jo Bilac de Moreira Pinto, da 42.ª Vara Criminal do Rio, autorizou nesta ter�a-feira a quebra do sigilo eletr�nico de Wellington Menezes de Oliveira. O pedido partiu da DRCI - Delegacia de Repress�o aos Crimes de Inform�tica, e pretende esclarecer se houve participa��o direta ou indireta de outras pessoas no fato, "levando em conta que h� ind�cios de que o atirador participava de organiza��o religiosa capaz de cometer atos semelhantes ao ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira."
Cartas �s fam�lias
Agentes do governo federal entregaram nesta ter�a-feira cartas da presidente Dilma Rousseff �s fam�lias das v�timas do massacre. A mensagem foi elaborada pelo gabinete pessoal da presidente. No documento, Dilma diz que "n�o h� qualquer palavra que possa reduzir vossa dor. � terr�vel que crian�as indefesas possam perder seu futuro num momento de tamanha viol�ncia".
Dilma diz ainda que "o cora��o que me d�i � o de m�e e av�. Permitam, mesmo que por um instante, dividir com voc�s esse momento de perda e ang�stia. Recebem meu respeito, meu amor e minha solidariedade".