
O funcion�rio p�blico da Receita Federal Lu�s Hayakawo, de 37 anos, marido da professora que foi atingida por um tiro dado por seu aluno de 10 anos que depois se suicidou, disse que a esposa j� havia comentado com sobre o garoto. "Ela dizia que o menino fazia brincadeiras violentas com os colegas, respondia de forma malcriada. Ela relatou isso para a dire��o da escola. Acreditava que ele n�o devia estudar ali, mas em uma escola especial", afirmou. Preocupado com as constantes reclama��es da esposa sobre o ambiente na escola, Hayakawo vinha tentando convenc�-la a mudar de emprego. "Mas professor s� d� aula por amor mesmo e ela ama dar aula."
O crime ocorreu na Escola Municipal Alcina Dantas Feij�o, em S�o Caetano do Sul. O secret�rio de Seguran�a de S�o Caetano, Moacir Rodrigues, negou que essa desaven�a existisse. Outros alunos tamb�m fizeram relatos diferentes. Da mesma maneira, n�o havia nenhuma informa��o de que o menino sofresse bullying ou tivesse feito amea�as � professora, a funcion�rios ou a colegas. "S� sabemos, por enquanto, que n�o gostava da professora. Mas isso n�o � motivo para levar uma arma para escola e atirar em algu�m" afirmou Rodrigues.
Ainda assim, de acordo com colegas e funcion�rios da escola, o menino era estudioso, inteligente e calmo. N�o havia nenhuma queixa contra ele na secretaria - nem por parte de seus colegas ou pais. Em plena sala de aula, Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, levou um tiro na regi�o posterior do lado esquerdo, na altura do quadril, e sofreu uma fratura na patela direita. Levada ao Hospital das Cl�nicas, na zona oeste da capital, seu estado de sa�de era moderado e ela passaria ontem por uma tomografia para verificar se havia necessidade de retirar a bala. O menino foi levado ao Hospital Albert Sabin, onde morreu ap�s sofrer duas paradas cardiorrespirat�rias.
O crime
Para cometer o crime, ele usou a arma do pai, um guarda civil metropolitano com 14 anos de corpora��o. Ap�s atirar na professora pelas costas, ele saiu da sala e se suicidou com dois tiros na cabe�a.
Os tiros foram ouvidos logo ap�s um dos intervalos do turno da tarde, �s 16h50. Os estudantes de algumas turmas ainda se dirigiam para as salas quando David Mota Nogueira, de 10 anos, aluno do 4.º ano C, se levantou, sem nenhum aviso, e apontou a arma para a professora. Em seguida, atirou. Para desespero dos 24 colegas de sala, saiu na sequ�ncia e deu dois tiros na cabe�a. O menino foi levado ao Hospital Albert Sabin, onde morreu ap�s sofrer duas paradas cardiorrespirat�rias. Os motivos que levaram ao crime ainda s�o investigados.