Depois da desocupa��o nessa ter�a-feira da Reitoria da Universidade de S�o Paulo (USP) pela Tropa de Choque e a deten��o de 73 alunos, cerca de 2 mil estudantes decidiram � noite decretar greve estudantil. Al�m de pedir a expuls�o da Pol�cia Militar do c�mpus, a assembleia de alunos decidiu incorporar mais duas propostas ao movimento: a n�o puni��o dos envolvidos em ocupa��es (da FFLCH e da Reitoria) e a cria��o de um plano paralelo de seguran�a. Alguns tamb�m cogitavam acampar na Cidade Universit�ria.
Sempre sob comando de l�deres do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e de partidos de extrema esquerda, durante a manh� estudantes j� pediam pela greve. Lideran�as trotskistas da Liga Estrat�gia Revolucion�ria - Quarta Internacional (LER-QI) circularam por todo o dia na delegacia, ao telefone, clamando pela paralisa��o. Eles diziam por quais bandeiras os estudantes deveriam gritar - salientando sempre a extin��o dos processos administrativos antigos contra os servidores. Tamb�m convocaram estudantes do movimento estudantil de outras universidades, como a Unesp, que estiveram na porta da delegacia, e articuladores de centros acad�micos ligados a Psol, PSTU e PCO.
Ainda durante o dia, manifestantes bloquearam as duas entradas da Faculdade de Letras da USP e fizeram protestos e assembleias. N�o houve aulas e apenas uns poucos alunos que chegaram mais cedo conseguiram fazer uma prova, de latim. Um grupo de quatro alunas e dois professores do Cursinho do Crusp (Conjunto Residencial da USP) relatou que n�o p�de usar as salas - funcion�rios trancaram as portas porque alunos estavam retirando carteiras para barricadas. Houve uma tentativa de us�-las para impedir as aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), mas alunos contornaram os obst�culos.