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Estado de Minas

Governo acusa policiais grevistas de semear o p�nico na Bahia

Oito moradores de rua foram assassinados s� na sexta-feira passada, entre eles uma mulher que amamentava seu beb� de sete meses em uma pra�a do centro de Salvador


postado em 08/02/2012 15:04

O governo brasileiro acusou os policiais militares grevistas da Bahia de viol�ncia e de semear o p�nico entre a popula��o para obter suas reivindica��es, e teme que o protesto se estenda pelo pa�s �s v�speras do Carnaval.

"Vimos um aumento de situa��es de vandalismo nestas greves", disse o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, ao jornal O Estado de S�o Paulo. "Vemos um aumento de situa��es que buscam semear o p�nico entre a popula��o, atitudes inaceit�veis da parte de policiais", ressaltou. Em oito dias de greve foram registrados 120 assassinatos, a maioria na regi�o metropolitana de Salvador, al�m de roubos, saques, tiroteios e inc�ndios de ve�culos e lojas, segundo dados da secretaria de Seguran�a P�blica da Bahia. A m�dia � de 15 mortes por dia, mais do que o dobro da m�dia de 2011 (6,2). O governador Jaques Wagner sugeriu que os policiais militares em greve podem estar ligados a esse massacre, que � investigado pela Pol�cia Civil, e os acusou de tentar intimidar a popula��o. "Foram assassinados pessoas que viviam nas ruas. N�o tenho como acusar este ou aquele, mas isto faz parte de uma t�tica", disse Wagner � TV Globo. Os PMs "t�m um documento em que fica claro que a ideia � amedrontar a todos, inclusive o governador", denunciou. Wagner afirmou que alguns policiais em greve percorrem as ruas encapuzados, disparando tiros para o ar e parando �nibus para amea�ar passageiros. O Governo Federal teme que a greve se generalize �s v�speras do Carnaval e se estenda para o estado do Rio de Janeiro, onde os PMs convocaram uma greve para sexta-feira, assim como o Par�, Paran�, Alagoas, Esp�rito Santo e Rio Grande do Sul, entre outros. Segundo a imprensa, os servi�os de intelig�ncia caracterizaram estes estados como "explosivos". No Rio, um projeto de lei sobre um aumento dos sal�rios policiais deve ser votado na quinta-feira na Assembleia Legislativa. Nos �ltimos meses, os PMs de oito estados e os bombeiros do Rio fizeram greve. As negocia��es entre o governo da Bahia e os policiais grevistas -cerca de 200 deles ocupam a Assembleia local a mais de uma semana- fracassaram na ter�a-feira. Os policiais exigem um aumento salarial e a anistia para seus 12 l�deres, para os quais a justi�a emitiu mandatos de pris�o. O governo aceita o aumento salarial, mas forma progressiva, em tr�s anos, e recusa o perd�o para os l�deres e outros policiais que violaram a lei. Dois dos 12 l�deres foram presos. Ao serem informados sobre o fracasso da negocia��o, os manifestantes que apoiam os grevistas e est�o acampados em frente � Assembleia Legislativa da Bahia come�aram a cantar: "�, �, �, o Carnaval acabou!". Wagner assegurou que o Carnaval de Salvador -que re�ne cerca de tr�s milh�es de pessoas, entre elas milhares de turistas- acontecer� como previsto na pr�xima semana, e que a seguran�a ser� garantida por 20 mil policiais do interior do estado. De acordo com as autoridades, menos de um ter�o dos 31 mil policiais baianos est� em greve. Para restabelecer a ordem, 3.500 soldados e policiais de elite foram espalhados pela cidade, cerca de mil est�o em volta da Assembleia ocupada. O l�der dos grevistas, Marco Prisco, um dos amotinados na Assembleia Legislativa, � um rival pol�tico do governador Wagner. Diante da amea�a de uma epidemia de greves no pa�s, o governo de Dilma Rousseff desenterrou um projeto de lei de 2007 que restringe o direito de greve dos funcion�rios que cumprem servi�os essenciais e exige um m�nimo de 40% em seus postos de trabalho.


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