Lindemberg Alves, de 25 anos, foi condenado a pena m�xima, de 98 anos e 10 meses de pris�o, pelo assassinato da ex-namorada Elo� Pimentel, em Santo Andr� (SP). Ap�s quatro dias de julgamento, a ju�za Milena Dias deu a senten�a na tarde de hoje. O crime ocorreu em 2008. Ele era acusado de 12 crimes, incluindo homic�dio doloso de Elo�, dupla tentativa de homic�dio de Nayara Rodrigues e o sargento da PM Atos Valeriano, c�rcere privado e disparo de arma de fogo.
A ju�za tamb�m determinou que Lindemberg n�o poder� recorrer em liberdade. A advogada de defesa, Ana Lucia Assad, j� declarou sua inten��o de recorrer.
Durante a leitura da senten�a, foi destacada a frieza e o egoismo dos atos de Lindemberg, para quem, de acordo com o j�ri, "Elo� n�o podia por vontade pr�pria, terminar o relacionamento". Tamb�m foram destacadas as consequ�ncias do sequestro para as fam�lias de Elo� e Nayara que "atingiu um patamar insuport�vel diante da possibilidade da morte".
Com o fim do julgamento, a m�e Elo�, Ana Cristina Pimentel, fez um pronunciamento para a imprensa. "“Quero agradecer a todos. Em primeiro lugar eu quero agradecer a Deus por tudo o que aconteceu hoje. Se n�o fosse ele, n�o sei o que seria de mim. Tamb�m quero agradecer a toda a popula��o, a todos aqueles que dormiram aqui".
O julgamento
Durante o julgamento Lindemberg falou pela primeira vez sobre os dias de c�rcere no apartamento da ex-namorada. O acusado foi a �ltima pessoa a ser ouvida. Durante o depoimento, logo ap�s pedir perd�o � fam�lia de Elo�, ele assumiu que atirou contra a garota.
Segundo o depoimento dele, o assassinato n�o foi intencional. “Quando a pol�cia invadiu, a Elo� fez men��o de levantar e eu, sem pensar, atirei. Foi tudo muito r�pido”. O jovem disse que ficou surpreso com a chegada da pol�cia nos arredores do pr�dio e se apavorou.
Durante o julgamento, a advogada, tentou apontar correspons�veis pelo crime, como m�dia pela cobertura e a pol�cia pela a��o de invas�o ao apartamento, al�m de amenizar a imagem do acusado. Ela tamb�m deixou claro, no �ltimo dia, durante os debates, que n�o esperava que Lindemberg fosse absolvido. “Ele errou e deve pagar por isso”, afirmou.
Ana Lucia, por�m, tentou convencer os jurados de que Lindemberg deveria ter as acusa��es amenizadas. Segundo a defesa do r�u, as acusa��es teriam de ser homic�dio culposo (quando n�o h� inten��o) pela morte de Elo�; dupla les�o corporal culposa pelos disparos que atingiram Nayara Rodrigues e um PM; e ser absolvido da acusa��o de c�rcere privado contra os amigos de Elo�.