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Estado de Minas

Funcion�rio diz que foi pressionado por Hopi Hari e obrigado a assinar um documento

Ele disse que teria sido levado para uma reuni�o com uma advogada e dois gerentes em que lhe foi pedido para escrever um texto de pr�prio punho e assin�-lo


postado em 02/03/2012 18:37 / atualizado em 02/03/2012 18:44

Um funcion�rio do brinquedo La Tour Eiffel, atra��o do parque Hopi Hari na qual morreu a adolescente Gabriella Nichimura no �ltimo dia 24, disse � Pol�cia Civil e ao Minist�rio P�blico de Vinhedo  ter se sentido pressionado por gerentes do complexo de divers�o na segunda-feira que sucedeu o acidente.

Vitor Igor Spinucci de Oliveira � um dos operadores do brinquedo do qual caiu Gabriella. Ele disse a seus advogados, Bichir Ale Bichir J�nior e Vin�cius Ale Bichir, e �s autoridades policiais, que teria sido levado para uma reuni�o com uma advogada e dois gerentes no in�cio da semana. Os dois funcion�rios superiores teriam entregue a Oliveira um texto, pedido ao operador para copi�-lo de pr�prio punho e assin�-lo. O documento era uma declara��o de que ele tinha feito o treinamento necess�rio para operar o brinquedo.

Segundo informou Bichir Ale Bichir J�nior, o modelo do documento tinha datas retroativas, mas seu cliente disse ter colocado no documento de pr�prio punho a data do dia 27. "Meu cliente disse ter se sentido pressionado principalmente pelos funcion�rios superiores para a assinatura desse documento", disse o advogado do operador. A defesa do funcion�rio n�o revelou nomes de outros operadores ou superiores.

O advogado do parque, Alberto Zacharias Toron, confirmou que uma advogada de sua equipe chamou os operadores para obter informa��es sobre o dia do acidente. "O que posso, sim, confirmar � que minha colega conversou com as pessoas envolvidas para saber o que havia ocorrido", disse. "Mas eu desconhe�o a exist�ncia desse documento, at� porque ele n�o precisaria assinar nada porque todos os funcion�rios que entram no parque recebem um treinamento dividido em tr�s fases, uma de palestras, outra de uma leitura acompanhada e uma terceira, em campo, com supervis�o de funcion�rio experiente", disse Toron.

Vitor trabalha no parque h� oito meses, sempre na Torre Eiffel. Segundo um de seus advogados, ele confirma a leitura de um manual com cinco p�ginas e uma etapa pr�tica, mas sem orienta��o t�cnica. "Ele disse que o que chamam de treinamento � algo muito prec�rio", afirmou Bichir J�nior. O delegado de Vinhedo, respons�vel pelo caso, �lvaro Santucci Noventa J�nior, disse que a partir de segunda-feira ouvir� outros operadores, supervisores e gerentes do parque, que permanecer� fechado por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para per�cia em diversos brinquedos.

Foto

Somente na �ltima quarta-feira, a pol�cia e a Promotoria descobriram, por meio de fotografia levada pela fam�lia de Gabriella, que a menina sentou-se em uma cadeira que n�o poderia ter sido utilizada pois estava inoperante havia ao menos dez anos. A atra��o La Tour Eiffel possui cinco setores com quatro cadeiras em cada um. Dois setores est�o desativados completamente. No setor 3, a primeira cadeira da esquerda para a direita de quem olha para o brinquedo estava inutilizada. O motivo seria a localiza��o do assento, segundo o parque. Se uma pessoa com complei��o f�sica maior sentasse ali, poderia esbarrar as pernas em estrutura met�lica existente para dar � atra��o os tra�os da Torre Eiffel.

A cadeira n�o possu�a nenhum aviso e ficava permanentemente travada. Naquele dia, por falha de manuten��o assumida pelo parque ontem, a trava abriu e permitiu que Gabriella se sentasse ali. Segundo informou o delegado na quarta-feira ap�s ouvir o depoimento de Vitor, em nenhum momento o garoto disse desconhecer que a cadeira n�o poderia ter sido usada. "Ele disse que ele fiscalizava outro setor no momento que Gabriella sentou-se na cadeira que deveria estar interditada. Provavelmente, o fato dela sentar-se ali passou despercebido por todos eles (operadores)", disse Noventa J�nior.

Trava

De acordo com o que explicou o garoto � pol�cia e � Promotoria, no dia do acidente, 15 minutos antes da abertura dos port�es do Hopi Hari, o operador Marcos Ant�nio Tom�s Leal, de 18 anos, que esteve na delegacia na quarta-feira mas n�o chegou a depor, teria notado que a trava da cadeira do setor 3 que deveria estar inoperante estava solta, ou seja, uma pessoa poderia abri-la e sentar-se. Leal avisou Oliveira e outra operadora, que teria informado um superior sobre a situa��o. "� fundamental que os nomes dessas pessoas apare�am, para a aferi��o da verdade. Se os nomes foram dados � autoridade policial, que seja feito esse trabalho de ver quem � quem, para a gente sair dessa coisa nebulosa", afirmou o advogado do parque, Alberto Toron.

Segundo os dois operadores disseram ao advogado, nenhum dos tr�s recebeu ordem para parar o brinquedo. "Ao contr�rio, eles receberam a orienta��o de dar prosseguimento � atividade, que algu�m da manuten��o iria at� l�", afirmou Bichir J�nior. Oliveira disse que, antes do in�cio das atividades, teria avisado a todos os operadores do brinquedo que a cadeira inoperante do setor 3 estava destravada.

O advogado do parque afirmou que os funcion�rios deveriam parar o brinquedo. "Essas pessoas tinham obriga��o de impedir o uso dessa cadeira. Essa � a quest�o que n�o pode ficar escamoteada. N�o � querer colocar culpa em algu�m. Mas h� um procedimento de seguran�a em todos os brinquedos que deve ser respeitado". Toron reafirmou hoje que houve erro por parte do parque. "N�o estou escondendo que houve um erro anterior de quem, na manuten��o, mexeu na trava e a deixou aberta, inadvertidamente. Houve uma sucess�o de falhas", disse o advogado.


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