As empresas de telefonia celular querem dobrar o n�mero de antenas no pa�s nos pr�ximos cinco anos. Hoje, o Brasil tem cerca de 50 mil esta��es r�dio base (ERBs) e a estimativa do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia Fixa e de Servi�o M�vel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) � que seja preciso 100 mil antenas para atender �s necessidades de expans�o do servi�o nos pr�ximos anos.
Para que o aumento do n�mero de antenas n�o provoque polui��o visual nas cidades, as operadoras est�o dispostas a “disfar�ar” os dispositivos. “Podemos colocar a antena em uma fachada e pintar a antena da cor da fachada. Ou colocar a antena em um conjunto de coqueiros e a antena disfar�ada de coqueiro, ou esconder com alguma coisa que n�o interfira na transmiss�o”, prop�e o diretor executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.
O Sinditelebrasil vai apresentar nos pr�ximos dias ao Minist�rio das Comunica��es sugest�es para um projeto de lei que dever� ser elaborado pelo governo para unificar todas as leis sobre a instala��o de antenas de celulares no pa�s. Segundo a entidade, existem atualmente mais de 250 leis municipais sobre o assunto, o que burocratiza a instala��o de novas antenas.
“A inten��o � tentar organizar de uma forma equilibrada as necessidades dos munic�pios, dos estados, [das unidades] da Federa��o e dos servi�os p�blicos para que a instala��o das antenas seja mais r�pida. As empresas cedem um pouco no sentido da coloca��o das antenas mais escondidas e os estados e munic�pios se organizam de forma que possam rapidamente dar a licen�a para que essa implanta��o seja feita”, diz Levy. Segundo ele, atualmente, a libera��o para as antenas pode demorar de seis a oito meses, prazo que as empresas consideram muito longo para atender ao r�pido crescimento da telefonia celular no pa�s.
O ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, reconhece que o grande n�mero de leis sobre o assunto restringe o crescimento do setor. Ele lembra que as empresas ter�o que fazer muitos investimentos nos pr�ximos anos para atender �s demandas de qualidade impostas pelo governo e tamb�m � chegada da telefonia com tecnologia de quarta gera��o (4G). “N�s vamos cobrar investimentos, mas, por outro lado, temos que dar condi��es para que os investimentos aconte�am. Se eu fa�o uma legisla��o e travo os investimentos, fica dif�cil cobrar as empresas”.
Segundo o ministro, o Minist�rio das Comunica��es j� trabalha para produzir um projeto de lei federal estabelecendo uma �nica regra para a infraestrutura da telefonia, que valer� para todo o pa�s. Mas ele garante que o atendimento dessa demanda das empresas n�o significa que o governo vai acolher todos os pleitos das teles, como o adiamento do leil�o de 4G. “Reconhecendo a justeza de alguns argumentos n�o quer dizer que n�s vamos reconhecer que toda a choradeira tenha raz�o de ser”, diz Bernardo.
O Brasil t�m 245,2 milh�es de celulares e s�, no ano passado, foram adicionados 39 milh�es de novos usu�rios � base de clientes, sendo que mais da metade (52%) s�o de acessos em banda larga m�vel.