Vinhedo (SP) – No quarto dia de interdi��o do Hopi Hari, em Vinhedo, interior de S�o Paulo, uma for�a-tarefa composta por peritos da Pol�cia T�cnica da Pol�cia Civil, do Corpo de Bombeiros, al�m de profissionais do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-SP) e do Instituto de Pesquisas Tecnol�gicas (IPT), priorizarou a vistoria de 14 brinquedos do parque: Montezuma (montanha-russa), Vurang, Ekatomb, Vula Viking, Leva i Traz, Lokolore, Evolution, Rio Bravo, Crazy Wagon, West River, Trakitanas, Simulakron, Giranda di Musik e Dispenkito. O Hopi Hari tem cerca de 60 atra��es.
A prioridade obedece �s especifica��es do termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado na semana passada com o Minist�rio P�blico. O documento leva em conta os brinquedos que precisam oferecer mais seguran�a ao p�blico. Os peritos chegaram a ligar o brinquedo La Tour Eiffel ontem, interditado desde o dia 24, quando a menina Gabriella Yukari Nichimura, de 14 anos, morreu ao cair da atra��o.
O chefe do Laborat�rio de Estruturas do IPT, S�rgio In�cio Ferreira, disse que o acionamento do brinquedo foi para que os peritos entendessem o seu mecanismo. Ainda de acordo com Ferreira, o dia de ontem foi dedicado para que os peritos se organizassem, visando � vistoria de todo o parque. Foram reunidos documentos t�cnicos e manuais das atra��es. O parque foi fechado depois da assinatura do TAC para que todos os brinquedos passem por per�cia. A interdi��o deve durar pelo menos 10 dias.
A imagem contestou informa��es preliminares da per�cia, j� que mostrou que a garota havia se sentado em uma cadeira diferente da analisada pelos peritos. O assento j� n�o era usado havia 10 anos, porque t�cnicos do parque identificaram a possibilidade de algum visitante mais alto encostar na estrutura de metal que simula a Torre Eiffel. Por isso, os mecanismos de seguran�a dele n�o estavam habilitados.
M�-F�
Por conta dessa informa��o e com base em depoimentos de testemunhas, a pol�cia iniciou a investiga��o acreditando que Gabriella ocupava outro assento. O delegado n�o descarta que tenha havido m�-f� por parte do parque, que sempre afirmou que ningu�m usaria aquela cadeira. Para o advogado do Hopi Hari, n�o houve omiss�o de informa��o. “Em nenhum momento o Hopi Hari enganou, mesmo porque o parque tamb�m s� soube depois que a garota estava nessa cadeira”, disse Alberto Toron. Agora, a pol�cia e o Minist�rio P�blico investigam como a trava da cadeira foi liberada e de quem foi a responsabilidade por colocar Gabriella no assento.
O TAC determina tamb�m que a atra��o La Tour Eiffel s� deve voltar a funcionar quando o assento defeituoso esteja impossibilitado de ser usado. Ainda sobre o assento que Gabriela Nachimura usava quando ocorreu o acidente que a matou, a promotoria solicitou que ele dever� ter um aviso claro sobre a impossibilidade de uso, al�m de estar totalmente interditado. O Minist�rio P�blico ainda pede a indeniza��o dos clientes que comprovarem ter comprado ingresso para o parque durante o per�odo que estiver fechado. Caso alguma das cl�usulas do acordo seja descumprida, o parque dever� pagar multa de R$ 95 mil por dia.