Cerca de 200 pessoas, entre ind�genas, agricultores e pescadores afetados pela constru��o da Hidrel�trica de Belo Monte, ocuparam nesta sexta-feira o local onde a barragem ser� constru�da, pr�ximo � vila de Santo Ant�nio. No local, o Cons�rcio Construtor Belo Monte (CCBM) ergue uma barragem de terra conhecida por ensecadeira. O protesto foi realizado para coincidir com a Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent�vel, no Rio de Janeiro, a Rio+20.
Munidos de p�s, enxadas e picaretas, os manifestantes marcharam at� uma das barragens e abriram um pequeno canal para "restaurar o fluxo natural do Xingu", informaram assessores do Xingu+23, evento realizado em Santo Ant�nio, a 50 km de Altamira, em comemora��o dos 23 anos contra Belo Monte.
Enquanto era aberto o canal, outros ativistas usaram seus corpos para formar a mensagem "Pare Belo Monte". Em seguida, plantaram 500 �rvores de a�a� para estabilizar a margem do rio destru�da pelo in�cio das obras e ergueram 200 cruzes em mem�ria daqueles que perderam a vida defendendo a floresta.
Uma delega��o de observadores internacionais e ativistas de direitos humanos tamb�m estava presente. Al�m das manifesta��es em Santo Ant�nio, tamb�m foi realizada uma marcha por centenas de moradores at� a sede da Norte Energia S.A (Nesa).
A coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS), Antonia Melo, disse que a "luta est� longe de um fim". "Nosso apelo para o mundo � que este rio se mantenha vivo. N�s, as pessoas que vivem ao longo das margens do Xingu, que subsistem do rio, que bebem do rio e j� est�o sofrendo as consequ�ncias desse projeto de morte, exigimos: "Pare Belo Monte!"