
O juiz Adilson Paukoski Simoni, do 5º Tribunal do J�ri da Capital, tomou decis�o ap�s receber den�ncia do promotor de Justi�a Jos� Carlos Cosenzo, que acredita que o crime tenha sido premeditado, e cometido por dinheiro e medo da perda do casamento. A Promotoria denunciou Elize por homic�dio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da v�tima) e oculta��o de cad�ver. Segundo o MP, a pena para a t�cnica em enfermagem, caso seja condenada, deve ser de pelo menos 34 anos de reclus�o.
“J� se encontrando detida a acusada, as circunst�ncias do modus operandi imputado est�o a recomendar a perman�ncia da segrega��o, n�o mais para apura��o extrajudicial dos fatos, mas, doravante, a t�tulo de pris�o preventiva, porquanto imprescind�vel, como visto, ao regular desenrolar da marcha processual j� iniciada, mas que ainda encontra-se no seu nascedouro”, concluiu o juiz Adilson Paukoski Simoni, na decis�o.
Segundo o promotor Jos� Carlos Cosenzo, o crime foi “hediondo e repugnante” e cometido para Elize n�o perder o status que tinha. O promotor disse, ainda, que Elize quis confundir a per�cia, trocando provas, como o cano da arma usada no assassinato, uma pistola calibre 380. "O cano que est� atualmente na arma n�o foi o mesmo por onde saiu o disparo. Ele foi trocado. O cano verdadeiro, que pode ter sido at� um silenciador, ainda n�o foi encontrado", disse o promotor.
Marcos tinha um seguro de vida no valor de R$ 600 mil, cujas benefici�rias eram Elize e as duas filhas, uma delas do casal, de um ano. Al�m disso, a empresa americana General Mills anunciou, no fim de maio, quando Marcos era tido como desaparecido, que comprou a Yoki por R$ 1,75 bilh�es, mais uma d�vida de R$ 200 milh�es.
O laudo necrosc�pico do Instituto M�dico Legal (IML) de S�o Paulo indica que a causa mortis do executivo foi um traumatismo craniano associado a asfixia por sangue em consequ�ncia de uma decapita��o. At� ent�o, a suspeita era de que Marcos tivesse morrido em decorr�ncia do tiro de pistola.
O laudo tamb�m mostra que o tiro disparado contra Marcos foi dado � curta dist�ncia, e de cima para baixo, o que n�o sustentaria a vers�o de Elize dada � pol�cia, j� que a v�tima estaria sentada – Elize � mais baixa que o empres�rio e disse que atirou ap�s ser agredida e humilhada pelo marido, durante uma discuss�o do casal.
O advogado Luiz Fl�vio Borges D’Urso, contratado pela fam�lia Matsunaga, acredita que Elize alvejou o marido e depois o decapitou, causando a morte por asfixia. Na confiss�o, a t�cnica em enfermagem disse que esquartejou o marido somente dez horas ap�s o tiro.