Entre as 4.871 queixas de estupro registradas no estado do Rio de Janeiro no ano passado, 82,6% das v�timas eram do sexo feminino. Desse total, 53,6% eram meninas de at� 14 anos e 24,1% tinham at� 9 anos. Os dados fazem parte do Dossi� Mulher, divulgado hoje pelo Instituto de Seguran�a P�blica do Rio de Janeiro (ISP), a partir das notifica��es da Pol�cia Civil de 2011.
O estudo apontou tamb�m um aumento de 7,2% no total de v�timas mulheres em rela��o ao ano anterior, mais 271 v�timas. Os registros de estupro ocorridos no estado no ano passado tiveram uma m�dia de 335 mulheres v�timas desse tipo de crime, por m�s.
Em 70,9% das notifica��es, o estupro aconteceu dentro da casa da v�tima. Na metade dos casos (50,2%), a v�tima conhecia o acusado e em 30,5%, elas tinham rela��o de parentesco com o estuprador (pais, padrastos, parentes).
O diretor-presidente do ISP, coronel Paulo Teixeira, disse ter esperan�a que os n�meros apresentados gerem uma reflex�o profunda, j� que o fato desse tipo de viol�ncia ocorrer dentro dos domic�lios ultrapassa a fronteira da pol�cia e exige mudan�as tamb�m dentro da sociedade. “Precisamos pensar sobre que mudan�as precisamos implementar para termos uma sociedade mais segura, n�o apenas no espa�o p�blico, mas tamb�m nas pr�prias casas e nas rela��es com as pessoas”, observou.
O dossi� aponta ainda que pouco mais de 10% dos registros foram feitos por mulheres que denunciaram seus companheiros ou ex-companheiros pelo crime. Para a coordenadora da pesquisa, major Cl�udia Moraes, o aumento no n�mero de notifica��es est� relacionado � amplia��o de redes de apoio �s mulheres v�timas de viol�ncia, como os juizados de Viol�ncia Dom�stica e Familiar contra a Mulher e as delegacias especializadas, bem como a uma maior conscientiza��o por parte das v�timas.
“A exist�ncia de uma rede de apoio faz a mulher se sentir mais acolhida, mais encorajada a romper o sil�ncio. Da mesma forma, temos hoje campanhas educativas na m�dia que insistem que viol�ncia contra mulher � crime; que o sexo n�o � uma obriga��o do casamento ou da conviv�ncia.”
Cl�udia Moraes lembrou que, com a mudan�a na Lei 12.015 de 2009, que incluiu o estupro de pessoas do sexo masculino, o n�mero de registros desse tipo de crime praticado contra meninos tamb�m tem tido certa expressividade. Em 2010, o n�mero de notifica��es para esse tipo de crime foi 15,6% do total e em 2011, 15,5%.
O estudo apontou tamb�m um aumento de 7,2% no total de v�timas mulheres em rela��o ao ano anterior, mais 271 v�timas. Os registros de estupro ocorridos no estado no ano passado tiveram uma m�dia de 335 mulheres v�timas desse tipo de crime, por m�s.
Em 70,9% das notifica��es, o estupro aconteceu dentro da casa da v�tima. Na metade dos casos (50,2%), a v�tima conhecia o acusado e em 30,5%, elas tinham rela��o de parentesco com o estuprador (pais, padrastos, parentes).
O diretor-presidente do ISP, coronel Paulo Teixeira, disse ter esperan�a que os n�meros apresentados gerem uma reflex�o profunda, j� que o fato desse tipo de viol�ncia ocorrer dentro dos domic�lios ultrapassa a fronteira da pol�cia e exige mudan�as tamb�m dentro da sociedade. “Precisamos pensar sobre que mudan�as precisamos implementar para termos uma sociedade mais segura, n�o apenas no espa�o p�blico, mas tamb�m nas pr�prias casas e nas rela��es com as pessoas”, observou.
O dossi� aponta ainda que pouco mais de 10% dos registros foram feitos por mulheres que denunciaram seus companheiros ou ex-companheiros pelo crime. Para a coordenadora da pesquisa, major Cl�udia Moraes, o aumento no n�mero de notifica��es est� relacionado � amplia��o de redes de apoio �s mulheres v�timas de viol�ncia, como os juizados de Viol�ncia Dom�stica e Familiar contra a Mulher e as delegacias especializadas, bem como a uma maior conscientiza��o por parte das v�timas.
“A exist�ncia de uma rede de apoio faz a mulher se sentir mais acolhida, mais encorajada a romper o sil�ncio. Da mesma forma, temos hoje campanhas educativas na m�dia que insistem que viol�ncia contra mulher � crime; que o sexo n�o � uma obriga��o do casamento ou da conviv�ncia.”
Cl�udia Moraes lembrou que, com a mudan�a na Lei 12.015 de 2009, que incluiu o estupro de pessoas do sexo masculino, o n�mero de registros desse tipo de crime praticado contra meninos tamb�m tem tido certa expressividade. Em 2010, o n�mero de notifica��es para esse tipo de crime foi 15,6% do total e em 2011, 15,5%.
Para ela, os n�meros, que chamou de alarmantes, servem tamb�m como alerta para as m�es que, por terem que trabalhar, acabam n�o podendo participar mais ativamente da cria��o dos filhos. “Muito dessa viol�ncia � detectado por outras pessoas e a m�e, muitas vezes, trabalha fora, chega tarde em casa e a crian�a j� est� dormindo. Mas a crian�a deixa sinais, ela muda, d� sinais de depress�o. Quando divulgamos esse n�mero alto [de estupros], � importante que cada um olhe para sua casa e observe seus filhos”.
Sobre o perfil das v�timas de estupro do sexo feminino, foi observado que 37,3% eram brancas e 54,4% eram pardas ou pretas, 76% eram solteiras e 29,5% tinham entre 10 e 14 anos de idade. A maior incid�ncia de v�timas de estupro do sexo feminino ocorreu na Baixada Fluminense na zona Oeste.
Sobre o perfil das v�timas de estupro do sexo feminino, foi observado que 37,3% eram brancas e 54,4% eram pardas ou pretas, 76% eram solteiras e 29,5% tinham entre 10 e 14 anos de idade. A maior incid�ncia de v�timas de estupro do sexo feminino ocorreu na Baixada Fluminense na zona Oeste.