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Estado de Minas

Irregularidades ambientais em cemit�rios do Rio geram riscos a sa�de


postado em 02/11/2012 10:31

Res�duos de cad�veres jogados diretamente em len��is fre�ticos, despejo de ossadas a c�u aberto, covas rasas localizadas em um morro vizinho a resid�ncias e at� um incinerador de ossos funcionando sem licen�a ambiental. Esses s�o alguns problemas encontrados pelas recentes vistorias realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em cemit�rios da regi�o metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador de Combate a Crimes Ambientais do Rio de Janeiro, Jos� Maur�cio Padrone, a situa��o dos cemit�rios da regi�o � %u201Cterr�vel%u201D e coloca em risco o meio ambiente e a sa�de da popula��o.

%u201COs cemit�rios nunca haviam sido fiscalizados. Ent�o, a gente come�ou a fiscalizar e verificou muitos erros nesses cemit�rios. O descarte inadequado [dos corpos e res�duos] pode colocar em risco a sa�de da popula��o, porque o necrochorume [l�quido que sai do corpo] pode contaminar o solo%u201D, disse. As autoridades ambientais come�aram a fiscalizar os cemit�rios fluminenses em julho deste ano, com vistorias em tr�s unidades de Duque de Caxias: Nossa Senhora de Bel�m, Tanque do Anil e Xer�m. No primeiro cemit�rio, por exemplo, uma �rea foi interditada porque estava sujeita a inunda��es. Na sala usada para a limpeza e prepara��o de corpos para o funeral, o material era descartado diretamente no ralo e, consequentemente, no sistema de �guas pluviais. Em Xer�m, localizado em um morro, segundo Padrone, foi constatado que cr�nios enterrados em covas rasas acabavam sendo desenterrados e rolavam para as casas localizadas na parte de baixo. Ouvido pela Ag�ncia Brasil, o secret�rio municipal de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, disse que, se o Inea fizer vistorias em todo o estado, vai encontrar irregularidades nos cemit�rios dos 92 munic�pios fluminenses. %u201CA grande maioria dos cemit�rios tem mais de 50 anos. Na vis�o crist�, voc� coloca o corpo embaixo da terra e ele se decomp�e. H� uma quantidade enorme de l�quido que sai dali, o necrochorume. E aquilo vai para o len�ol fre�tico. E geralmente os cemit�rios eram feitos em locais inapropriados, pr�ximos a locais de resid�ncias%u201D, disse. Quanto ao descarte inadequado de corpos, Maia diz que, muitas vezes, isso � provocado por ladr�es de t�mulos, que arrombam o local para roubar pertences e depois descartam os cad�veres de qualquer jeito. Al�m disso, segundo ele, algumas empresas particulares que administram cemit�rios exumam corpos e os descartam de qualquer jeito para abrir espa�o para novas vagas. Maia conta que, no ano passado, agentes da prefeitura de Duque de Caxias interceptaram um caminh�o com ossos humanos, oriundos de um cemit�rio do Rio de Janeiro, para serem jogados em um terreno baldio da zona industrial do munic�pio. Em setembro, as autoridades ambientais do estado fizeram nova fiscaliza��o, desta vez no Cemit�rio S�o Francisco Xavier, no Caju, um dos principais da cidade do Rio de Janeiro, e no cremat�rio que funciona no local. In�meras irregularidades foram encontradas, como despejo de ossada de forma ilegal, armazenamento irregular no ossu�rio com ind�cios de produ��o de necrochorume despejado nas �guas pluviais e ind�cios de exuma��o de corpos com menos de tr�s anos para queima. O incinerador foi lacrado porque n�o tinha licen�a ambiental para funcionar. Dois administradores do cemit�rio foram presos. Segundo Padrone, as fiscaliza��es em cemit�rios do Rio de Janeiro v�o continuar porque h� uma preocupa��o com a situa��o em que est�o essas instala��es. A Santa Casa de Miseric�rdia, respons�vel pela administra��o do cemit�rio, informou que j� entregou � Secretaria do Meio Ambiente toda a documenta��o necess�ria para a retomada das atividades do incinerador, onde s�o cremados os ossos de corpos enterrados h� mais de tr�s anos que n�o s�o exumados a pedido da fam�lia dentro do prazo de tr�s anos e um m�s.


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