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Estado de Minas

Visitantes dos cemit�rios de S�o Paulo desafiam a inseguran�a


postado em 02/11/2012 10:58

Os 22 cemit�rios municipais de S�o Paulo recebem neste Finados cerca de 1,8 milh�o de visitantes. A limpeza, a seguran�a e os acessos foram melhorados. Tudo para que os frequentadores prestem homenagem a parentes e amigos mortos. Por�m, o dia a dia � muito diferente, conforme relato das pessoas que visitam e trabalham nos cemit�rios.

No Cemit�rio de Vila Formosa, zona leste, os jardineiros relatam que as galerias dos oss�rios s�o usadas por usu�rios de drogas e tamb�m por travestis, que fazem programas no local. O jardineiro Valter Ferreira, 65 anos, contou que, durante a semana, o local fica deserto, facilitando a presen�a dessas pessoas.

De acordo com ele, o problema ocorre principalmente � noite, mas os dependentes qu�micos e travestis n�o se intimidam com a luz do dia. “Eles pedem dinheiro e mostram facas para os familiares que v�m fazer visitas”, disse. Ele reclamou da falta de policiamento no local: “Passa a Guarda Civil Metropolitana, mas n�o sempre”.

O cemit�rio tem 763.175 metros quadrados e disp�e de 80 mil sepulturas. Segundo os jardineiros, as galerias preferidas pelos usu�rios de drogas e travestis s�o as mais distantes do portal de entrada, localizado pr�ximo de onde est�o o vel�rio e a administra��o.

Apesar do clima de inseguran�a dentro do Cemit�rio de Vila Formosa, as condi��es de conserva��o e limpeza s�o consideradas aceit�veis. Exceto algumas ruas sem asfalto e alamedas com cal�amento quebrado, o local � bastante arborizado e demostra ter boa manuten��o.

Outro cemit�rio visitado pela reportagem da Ag�ncia Brasil, o da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade, com 27.896 metros quadrados, n�o recebe o mesmo zelo na limpeza e conserva��o. Restos de animais, alimentos e sujeira atraem moscas ao lado das sepulturas. Josefa Guilherme da Silva, aposentada, 75 anos, � vizinha do cemit�rio e conta que parte da sujeira � causada por grupos que fazem rituais utilizando animais mortos dentro do cemit�rio.

Vinda h� 40 anos de Portugal, Adelaide Amorim, cabeleireira, 61 anos, costuma frequentar o cemit�rio para prestar as homenagens ao irm�o falecido h� 25 anos. Ela lembra que os cemit�rios europeus s�o muito mais bem cuidados e, no caso do Vila Nova Cachoeirinha, a parte mais dif�cil � enfrentar os roubos, que n�o pouparam nem o t�mulo do seu parente. “Roubaram a placa e o vaso”, reclamou.

Outra frequentadora, Vilma da Silva Mendes, dona de casa, 61 anos, visita o t�mulo de sua m�e h� 25 anos e lembra que, antigamente, a situa��o de descuido por l� era pior. “Antes, at� cavalos entravam e destru�am tudo”, disse. Al�m disso, ela conta que h� problemas de seguran�a dentro do Cemit�rio da Vila Nova Cachoeirinha. “A capela agora est� reformada, mas j� esteve cravejada de buracos de bala”, disse.

Um jardineiro, que preferiu n�o se identificar, trabalha no cemit�rio h� 20 anos. Ele disse que, durante todo esse tempo, presenciou v�rios assaltos e testemunhou, inclusive, uma morte dentro do cemit�rio. “Os assaltos s�o frequentes e o policiamento � fraco aqui”, disse. De acordo com ele, os bandidos pulam os muros baixos do cemit�rio, que tem 350 mil metros quadrados, para transitar entre o local e a favela Boi Malhado, que fica ao lado.

Do lado de fora, o clima tamb�m � de inseguran�a. Raimundo Neto da Silva, 27 anos, moedor de cana, trabalha e mora em frente ao cemit�rio. Segundo ele, os assaltos em uma pra�a ao lado do cemit�rio s�o frequentes. “Eles roubam aqui [na pra�a], pulam l� para dentro [do cemit�rio] e l� n�o tem como achar mais ”, contou.

De acordo com o diretor do cremat�rio e cemit�rios municipais, Ubirajara Adriano Marques, a seguran�a nesses locais tem apoio da PM e Guarda Civil, que efetua rondas dentro dos cemit�rios. Segundo ele, os funcion�rios tamb�m foram orientados a, quando perceberem algum ato il�cito, acionarem os respons�veis pelo policiamento.


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