Pelo terceiro dia consecutivo, �nibus do transporte coletivo e bases da pol�cia sofreram ataques criminosos em Santa Catarina. Desde segunda-feira, segundo a Pol�cia Militar, foram registrados ao menos 36 ataques e duas manifesta��es, quando moradores incendiaram ca�ambas de lixo e jogaram pedras em casas, em Florian�polis. Cinquenta e oito pessoas foram detidas esta semana para serem ouvidas e, dessas, 31 foram presas. Um suposto bandido morreu em troca de tiros com policiais.
A onda de ataques j� atinge 11 cidades do estado: Florian�polis, S�o Jos�, Palho�a, Tijucas, Gaspar, Navegantes, Itaja�, Blumenau, Crici�ma, Balne�rio Cambori� e Itapema. Na capital, moradores do Bairro Ingleses viveram mais uma noite de p�nico. Um �nibus foi incendiado em frente a uma igreja, que estava lotada. As chamas bloquearam a porta principal da igreja, e os fi�is tiveram dificuldade para sair do local. Segundo a pol�cia, ningu�m ficou ferido. Uma creche desativada no Bairro Cachoeira do Bom Jesus foi incendiada.
J� em Palho�a, na Grande Florian�polis, o motorista de um �nibus teve queimaduras leves nas pernas. Segundo o boletim de ocorr�ncia, ele ficou assustado com o ataque dos criminosos e teve dificuldade para tirar o cinto de seguran�a. Um passageiro do mesmo �nibus torceu o p� ao pular do ve�culo em chamas. Durante a madrugada, uma base da Pol�cia Militar em S�o Jos�, na regi�o metropolitana, e uma da Guarda Municipal de Balne�rio Cambori� foram atacadas a tiros.
SOCORRO O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), disse ontem que est� em contato com o Minist�rio da Justi�a e com os servi�os de intelig�ncia do governo federal para ajudar no combate � onda de viol�ncia que se iniciou no estado na segunda-feira. “Acho que nesta hora voc� tem de somar todas as for�as. N�o h� por que fazer qualquer tipo de an�lise pol�tica. Se houver um recrudescimento dos crimes, se houver necessidade, n�s vamos buscar apoio”, afirmou em entrevista a uma rede de TV local.
Pela manh�, ele participou de reuni�o com os representantes das empresas de transporte coletivo para discutir a manuten��o do servi�o com seguran�a para os trabalhadores e passageiros. Nas regi�es com maior �ndice de ataques, os �nibus continuam sendo escoltados por policiais. Na capital, alguns terminais ficaram sem ve�culos ontem. Sobre a motiva��o dos ataques, que incluem queimas de �nibus e ataques a postos policiais, o governador admite que uma das possibilidades � que o comando tenha partido de dentro do pres�dio de S�o Pedro de Alc�ntara, mas afirma que tamb�m s�o investigados atos de vandalismo.