A diferen�a, no Brasil, entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres ainda � grande, mas tem apresentado uma queda consider�vel nos �ltimos dez anos. Entre 2001 e 2011 o rendimento familiar per capita da fatia mais rica caiu de 63,7% do total da riqueza nacional para 57,7%. No mesmo per�odo, os 20% mais pobres apresentaram crescimento na renda familiar per capita, passando de 2,6% do total de riquezas do pa�s em 2001 para 3,5% em 2011.
“N�s tivemos um duplo fen�meno. Uma diminui��o da desigualdade, por um lado alavancada pelas pol�ticas de renda, valoriza��o do sal�rio m�nimo e programas sociais, direcionados � base da pir�mide de rendimentos, al�m de ganhos educacionais, tornando a popula��o um pouco mais homog�nea e ela pode almejar postos mais altos.”
O pesquisador tamb�m destacou o crescimento econ�mico ao longo da d�cada passada como indutor das melhorias sociais. Outro fator importante foi o controle da infla��o, iniciado na d�cada de 90 e mantido ap�s 2000, respons�vel por preservar o sal�rio das classes mais pobres, que n�o tinham prote��o via aplica��es no sistema financeiro.
Outro �ndice mostrado na pesquisa do IBGE que demonstra a redu��o da desigualdade no pa�s � o coeficiente de Gini, que vem apresentando uma redu��o constante a cada ano, desde a d�cada de 90, quando atingiu o n�vel mais alto, de 0,602, chegando a 2011 com 0,508. Quanto menor o n�mero, menos desigual � o pa�s. Os extremos do coeficiente para o ano de 2011, segundo o Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), foram de 0,586 para Angola e 0,250 para a Su�cia.
