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Estado de Minas

Reunidas em exposi��o, fotos de fam�lias mostram perdas e lembram brutalidade da ditadura militar


postado em 03/12/2012 09:56

Retratos de fam�lias se tornam s�mbolos da brutalidade da repress�o da ditadura militar no trabalho do fot�grafo argentino Gustavo Germano. Na exposi��o Aus�ncias Brasil, Germano tem como ponto de partida as fotos de v�timas do regime juntamente com seus parentes. As cenas s�o, ent�o, refeitas no presente, deixando �bvia a perda da fam�lia.

O projeto percorreu as regi�es Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste para reunir as fotografias das 12 fam�lias que est�o representadas na exposi��o que abre na pr�xima sexta-feira (7) na capital paulista. A mostra ficar� no Arquivo P�blico do Estado de S�o Paulo, zona norte.

O trabalho foi idealizado pela organiza��o n�o governamental (ONG) Ag�ncia Livre para Informa��o, Cidadania e Educa��o (Alice) com base em um trabalho feito pelo pr�prio Germano com fam�lias argentinas, a maioria de sua cidade natal: Entre R�os. O fot�grafo perdeu um irm�o para a repress�o na Argentina.

As fam�lias brasileiras foram escolhidas ap�s pesquisa no livro Direito � Mem�ria e � Verdade, editado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia (SDH), que tamb�m financiou o projeto fotogr�fico, via edital. O coordenador do projeto na ONG, Luciano Piccoli, conta que foi dif�cil reunir material que preenchesse os requisitos para o projeto.

A primeira dificuldade foi encontrar fotos de fam�lia onde apenas a v�tima da ditadura n�o estivesse mais viva. Com o aumento da persegui��o aos opositores do regime, os militantes passaram a evitar registros que os vinculassem a pessoas queridas. “A partir de 68, com o extremo cuidado que eles tinham com os parentes, eles passaram a evitar o envio de fotos e cartas, qualquer refer�ncia”, ressalta Piccoli.

A transforma��o das cidades ao longo do tempo tamb�m limitou as fotografias que pudessem ser selecionadas. “Um lugar que antes era uma pra�a p�blica tinha sido demolido e agora � um pr�dio”, exemplifica Piccoli. Por isso, algumas fotos escolhidas para serem remontadas s�o em igrejas, espa�os poucos propensos a mudan�as radicais.

O resultado � um conjunto de fotos com for�a educativa e apelo emocional, na opini�o do coordenador do Projeto Direito � Mem�ria e � Verdade da SDH, Gilney Viana. “As fotos t�m uma carga afetiva brutal. Ent�o, desindividualiza aquele sofrimento, torna uma coisa coletiva”, disse.

Al�m disso, as fotos s�o mais uma forma de homenagear as pessoas que se opuseram � ditadura militar e, por isso, foram assassinados ou desapareceram. “Diz respeito � mem�ria daqueles que se sacrificaram na luta pela democracia, por seus ideais”, ressalta Viana, lembrando que, agora que a Comiss�o da Verdade foi instalada, � um bom momento para que essas quest�es voltem a ser levantadas.


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