Um debate nesta sexta-feira (7 de dezembro) em Petr�polis aprofundou as discuss�es sobre o tombamento da chamada Casa da Morte, no "quarteir�o su��o", im�vel que foi usado como centro de tortura durante a ditadura militar.
“O objetivo � discutir a import�ncia dos lugares de mem�ria hoje no Brasil, em especial o caso da Casa da Morte, tentar alavancar essa discuss�o e acelerar a implanta��o do centro. Tamb�m fazer com que as investiga��es sobre a Casa da Morte sejam feitas o mais r�pido poss�vel”.
Antes do debate, as organiza��es da sociedade civil promoveram um ato em frente ao im�vel, para lembrar os 165 mortos e desaparecidos no estado do Rio de Janeiro.
A advogada Rosa Cardoso, integrante da Comiss�o Nacional da Verdade (CNV), participou do debate e disse que um dos projetos da CNV, instalada em maio deste ano, � justamente transformar esses locais, onde foram cometidas atrocidades, em centros de preserva��o da mem�ria, a exemplo do que ocorre em outros pa�ses.
“Essa pol�tica p�blica de preserva��o de espa�os � um neg�cio que a gente tem visto n�o s� na Am�rica Latina, na Europa, tamb�m em Israel. H� um movimento forte nesse sentido, aqui, no Cone Sul, mas pr�ximo da gente, na Argentina, no Chile.”
De acordo com ela, para transformar os locais em centros de mem�ria, primeiro � necess�rio que seja editado um decreto para transformar o lugar em espa�o de utilidade p�blica. Depois, ele deve ser tombado e desapropriado para, ent�o, ser feito o projeto de preserva��o com o levantamento da hist�ria do im�vel. No caso da Casa da Morte, a prefeitura de Petr�polis publicou em agosto o decreto. Rosa cita o modelo que funciona em S�o Paulo desde 2008.
“L� em S�o Paulo foi criado o Museu da Resist�ncia, no espa�o onde funcionava o Departamento de Ordem Pol�tica e Social (Dops). L� tem uma s�rie de projetos pol�ticos, culturais. Um levantamento foi feito sobre tudo que ocorreu naquele lugar”, disse.
A advogada informou que a CNV pediu a mudan�a de destina��o do Destacamento de Opera��es de Informa��es - Centro de Opera��es de Defesa Interna (DOI-Codi) do Rio e de S�o Paulo, do Dops do Rio, que hoje abriga o Museu da Pol�cia Civil, do Dops de Minas Gerais e do chamado Dopinha de Porto Alegre.