
Soldados do Batalh�o de Choque da Pol�cia Militar do Rio de janeiro cercam desde �s 6h deste s�bado o antigo Museu do �ndio, situado no entorno do est�dio do Maracan�, na zona norte da capital fluminense. O pr�dio, que dever� ser demolido para as obras de moderniza��o do complexo esportivo do est�dio para a Copa do Mundo de 2014, est� ocupado desde 2006 por cerca de 30 �ndios, que ali fundaram a Aldeia Maracan�.

Segundo Afonso Apurinan, um dos ind�genas moradores da aldeia, o grupo recebeu informa��es na semana passada de que a desocupa��o do pr�dio ocorreria neste domingo (13). “Fomos pegos de surpresa com a chegada hoje dos PMs”, disse. Apurinan disse que a disposi��o do grupo � “resistir � desocupa��o”.
No dia 20 de dezembro passado, a C�mara Municipal do Rio colocou em vota��o projeto de lei do vereador Reimont (PT), que propunha do tombamento do pr�dio, onde funcionou o antigo Servi�o de Prote��o ao �ndio, antecessor da atual Funda��o Nacional do �ndio (Funai). No entanto, n�o houve quorum para a vota��o, que foi adiada.
O governo do estado informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda n�o h� data prevista para a demoli��o do pr�dio do antigo museu. As obras no entorno do Maracan� est�o a cargo da prefeitura do Rio e envolvem a derrubada da Escola Municipal Friedenreich, que ser� transferida para outro local, e do Parque Aqu�tico Julio Delamare.

Ativistas acompanham cerco da Pol�cia Militar
Ativistas de direitos humanos e defensores da causa ind�gena acompanham o cerco da Pol�cia Militar ao pr�dio. Embora os �ndios tenham manifestado a disposi��o de reagir � desocupa��o, o clima no momento � de calma na �rea do antigo museu. Desde cedo no local, o defensor p�blico federal Daniel Macedo reconheceu que a liminar foi cassada, mas ressaltou que sem autoriza��o judicial a PM n�o pode ocupar o pr�dio. “� necess�ria a vinda de um mandado de imiss�o de posse. Sem isso, � ilegal qualquer atitude da Pol�cia Militar em invadir esse pr�dio”, disse
Representantes do governo fluminense estiveram no local, entre eles o presidente da Empresa de Obras P�blicas do Estado (Emop), �caro Moreno Junior, que por volta do meio-dia entrou no pr�dio, escoltado, para uma conversa com o cacique Carlos Tucano.
A Emop � a respons�vel pelas obras de moderniza��o do complexo do Maracan�, que incluem a demoli��o do antigo museu. A licita��o para a demoli��o foi feita no �ltimo dia 20 de dezembro, mas o contrato com a empresa vencedora, que ter� 30 dias para realizar o trabalho, ainda n�o foi assinado.