O pa�s deve se apressar em rever os crit�rios de fiscaliza��o e licenciamento de casas de eventos e entretenimento, alertou hoje (28) o coordenador do Grupo de An�lise de Risco Tecnol�gico e Ambiental da Coordena��o de Programas de P�s-Gradua��o de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Moacyr Duarte. Ele se referia � trag�dia ocorrida na madrugada de ontem (27) em Santa Maria, Rio Grande do Sul, onde pelo menos 231 pessoas, a maioria com idade entre 16 e 20 anos, morreram em inc�ndio na Boate Kiss.
N�o h� d�vida de que, ap�s a per�cia, a cadeia de responsabilidades “vai se estender muito”, disse o professor � Ag�ncia Brasil. Para ele, dois fatores distintos devem ser levados em conta: “Uma coisa � por que o fogo come�ou e se espalhou, e a outra � por que n�o havia esquema para as pessoas fazerem a evacua��o do pr�dio.”
Duarte disse que a observ�ncia de uma equa��o simples poderia ter evitado a trag�dia: adequar o tamanho do espa�o ao n�mero de pessoas e ao material usado no ambiente. Se o espa�o � muito congestionado, � preciso tirar os materiais inflam�veis. Se os inflam�veis s�o mantidos, n�o se pode deixar tanta gente entrar e � necess�rio aumentar o n�mero de sa�das. "Agora, uma sa�da, muita gente e muitos materiais pegando fogo � uma combina��o insensata.”
Na opini�o do professor, o que o entristece � que o motivo das mortes tenha sido banal. “Foi a inobserv�ncia de coisas b�sicas.”