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Estado de Minas

Depoimentos apontam que dono rebaixou teto de boate Kiss

Dono da casa noturna usou espuma inflam�vel como isolamento ac�stico, procedimento vetado pela prefeitura


postado em 30/01/2013 19:31

Novos depoimentos e documentos obtidos pela Pol�cia Civil de Santa Maria (RS) comprovam que Elissandro Spohr, o Kiko, dono da boate Kiss, fez uso de uma espuma inflam�vel para o isolamento ac�stico vetada por lei municipal, rebaixando o teto da boate em outubro, logo ap�s abaixo assinado de 87 vizinhos contra o barulho do local. Uma ex-gerente da casa, Vanessa Vasconcelos, de 31 anos, informou tamb�m que Kiko mandava retirar os extintores das paredes por quest�o est�tica.

Ela trabalhou na casa de dezembro de 2010 a dezembro de 2012 e sua irm� morreu na trag�dia. "Ele achava feio os extintores. Mandava a gente tirar. S� colocava de volta quando ia ter inspe��o ou quando ficava com medo que iriam inspecionar a casa" disse a jovem.

A defesa do propriet�rio negou a mudan�a dos extintores e diz que o uso da espuma inflam�vel foi indicado por uma empresa de engenharia, cujo nome n�o foi divulgado. "Preciso ter a certeza de tudo para dizer nomes, mas n�o foi o Kiko que teve a ideia de comprar a espuma, ele teve uma assessoria t�cnica", afirmou o advogado Jairo Marques. Ele, por�m, admite que a coloca��o da espuma n�o foi comunicada ao Minist�rio P�blico Estadual, com quem o estabelecimento tinha um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado.

As modifica��es no isolamento ac�stico da casa podem ter sido decisivas para a causa da trag�dia - foram as fa�scas de um sinalizador usado pela banda Gurizada Fandangueira que entraram em contato com a espuma e produziram uma fuma�a t�xica que matou a maior parte das 235 v�timas. A coloca��o da espuma, segundo a pol�cia, tamb�m rebaixou o teto da boate, que ficou mais pr�ximo do palco. No projeto original de isolamento ac�stico indicado pelo MP, s� haviam duas camadas, uma de gesso e outra de cera com vidro. A espuma foi colocada na terceira e �ltima camada, abaixo do gesso e da cera.

O delegado regional Marcelo Arigony, chefe das investiga��es da trag�dia, acha que as evid�ncias contra o dono da boate embasam a prorroga��o do pedido de pris�o tempor�ria de cinco dias dos quatro suspeitos presos e cujo prazo vence no fim da semana. Para a defesa, por�m, os argumentos da pris�o tempor�ria n�o possuem mais validade.

"A pris�o tempor�ria foi justificada sob a suspeita de que os donos tinham escondido c�meras do circuito interno de seguran�a. Mas tenho aqui uma assinatura do dono da empresa que fazia a manuten��o dos equipamentos dizendo que eles n�o estavam funcionando", mostrou o advogado. Kiko est� internado em Cruz Alta, a 130 quil�metros de Santa Maria. "Ele s� saiu da cidade por receio de ser hostilizado."


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